21/06/2016 11h58
- Atualizado em
21/06/2016 14h56
Jean Kobayashi afirma que oitiva se refere a processo do mensalão tucano.
Promotoria não confirma motivo do depoimento.
Segundo Kobayashi, Marcos Valério foi ouvido por duas horas e 30 minutos por promotores. O defensor disse que o réu relatou "alguns fatos novos", mas não detalhou quais seriam esses fatos. O advogado disse ainda que esta etapa é um procedimento informal na delação.
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Marcos Valério chegou ao prédio em um carro do sistema prisional, onde
era aguardado pelo advogado Jean Robert Kobayashi. Mas o empresário
desceu no estacionamento. O acesso ao prédio foi restrito apenas aos
funcionários. O empresário deixou o local às 11h55.- Três réus do mensalão tucano são interrogados em Belo Horizonte
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Segundo a assessoria do Ministério Público, os promotores avaliam o pedido e não há um prazo para a resposta. Na quinta (16), Kobayashi havia dito ao G1 que o cliente tinha "muita coisa" para falar, mas não informou detalhes. Já o advogado principal de Valério, Marcelo Leonardo, não confirmou a delação.
Para a promotoria, o esquema teria desviado recursos para a campanha eleitoral de Eduardo Azeredo (PSDB), que concorria à reeleição ao governo do estado, em 1998.
Valério, condenado a 37 anos de cadeia no mensalão do PT, está preso desde 2013 em regime fechado. Ele já havia proposto delação premiada para a Procuradoria-Geral da República em relação ao mensalão do PT. À época, o julgamento do mensalão estava em curso.
O empresário também é réu em processo da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de desvio e lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobras A Justiça aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) pelo crime de lavagem de dinheiro.
Marcos Valério, condenado pelo mensalão do PT e réu no mensalão tucano (Foto: Futura Press)
Processos em andamentoAlém de Marcos Valério, sete réus ainda aguardam a sentença em cinco processos distintos. São eles o secretário de Estado de Fazenda de Minas Gerais, José Afonso Bicalho, o ex-senador Clésio Andrade, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz, Eduardo Pereira Guedes Neto, Lauro Wilson de Lima Filho e Renato Caporalli.
Em dezembro do ano passado, o ex-deputado federal e ex-governador de Minas Eduardo Azeredo (PSDB) foi condenado, em primeira instância, a 20 anos e 10 meses de prisão, em regime inicialmente fechado, pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Azeredo recorre em liberdade.
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