E o que fez Dilma diante da revelação? Ora, acusou uma espécie de complô!!!
A
relação do PT com a bandidagem com a qual tramava contra as instituições
tem lá seu lado engraçado. Quando seu parceiros de crime decidem ser,
vamos dizer, sinceros, aderindo à delação premiada, os petistas, então,
com um cinismo muito particular, tiram onda de ofendidos.
Zwi
Skornicki, o lobista preso que representava no Brasil o estaleiro Keppel
Fels, admitiu ter pagado a João Santana, marqueteiro do PT, US$ 4,5
milhões. O dinheiro, fruto de propina, foi depositado no banco suíço
Heritage. E, é óbvio, não foi declarado à Justiça Eleitoral. Os
pagamentos foram feitos em nove parcelas de 500 mil. Só da Odebrecht,
Santana recebeu outros US$ 3 milhões.
Skornicki admite o pagamento em suas tratativas para o acordo de delação premiada, que ainda não foi fechado.
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E como
reagiu Dilma Rousseff? Ah, sua assessoria parece que está se
especializando em ficar brava e não esclarecer nada. Escreve numa nota:
“A presidente Dilma Rousseff rechaça a insinuação de que teria
conhecimento de um suposto pedido de US$ 4,5 milhões feito pelo
tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, ao representante no Brasil do
estaleiro Keppel Fels, Zwi Skornicki, para a campanha da reeleição”.
Dilma acha
também que a imprensa pretende caluniá-la com ilações e suposições.
Sei. Não há nada de “suposto” na acusação que faz o lobista. Afinal, por
que ele confessaria um crime que não cometeu?
Fabio
Tofic Simantob, advogado de Santana, faz o que é possível para defender o
seu cliente. Para ele, os US$ 7,5 milhões recebidos no exterior
(considerando os US$ 3 milhões da Odebrecht) não derivaram de propina e
caracterizam apenas caixa dois.
A cada vez
que leio alguns bobinhos a tratar da possibilidade de Dilma Rousseff
voltar ao poder e coisa e tal, presto atenção a notícias como essa.
Imaginem o que mais vem por aí. Mônica Moura, mulher de Santana, também
negocia a sua delação.
Simantob
tem o direito e o dever de proteger o seu cliente, mas cabe a pergunta:
se a origem do dinheiro é lícita — e, portanto, só se teria um crime de
caixa dois —, por que tanto esforço para fazer a doação clandestina? Ou a
grana se refere a um “favor” já feito ou a um ainda por fazer.
Não custa lembrar: o caixa da campanha de Dilma em 2014 era Edinho Silva, que depois se tornou o seu poderoso ministro da Secom.
Ora, claro!, o lobista diz ter dado o dinheiro, confessa o crime, mas os beneficiários não sabiam de nada, certo?
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