A greve dos servidores da Polícia Civil, iniciada nesta segunda-feira, afeta o funcionamento de alguns órgãos da corporação. No entanto, segundo a corporação, os policiais mantém a escala mínima na maioria dos setores o que impede que os serviços sejam totalmente paralisados.
Segundo registrou a reportagem do Hoje em Dia, a greve afeta a Central de Flagrantes (Ceflan), onde serão formalizados apenas os serviços de flagrante e TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência), um de cada vez. Já no Departamento de Operações Especiais da Polícia Civil, o inspetor Elvimar Monteiro diz que todos os 130 policiais estão paralisados.
O Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran) realizou vistorias, emplacamentos veiculares e exames para primeira habilitação de motorista apenas na parte da manhã. Apesar disso, o Detran estava funcionando normalmente sem nenhum atraso no atendimento a população. Já o Instituto Médico-Legal funciona normalmente.
Segundo o presidente interino do Sindpol-MG, Antônio Marcos Pereira, as ocorrências referentes a flagrantes, à Lei Maria da Penha, ao Estatuto da Criança e do Adolescente, e ao Estatuto do Idoso terão prioridade nas delegacias. Ainda segunda a entidade, a expectativa é que a escala de funcionários seja mantida em 30%, conforme exigência legal.
A categoria pede equiparação salarial entre diversos níveis de servidores, reestruturação dos cargos e carreiras da Polícia Civil e recomposição do quadro de funcionários efetivos, com a convocação de classificados em concurso e abertura de novo processo seletivo. O sindicato diz que apenas para o cargo de investigador, há uma lista com mais de 1,4 mil aprovados na seleção realizada em 2014.
 
Respostas
A Polícia Civil informou que todos os órgãos estão funcionando parcial ou normalmente e que ainda divulgará um balanço dos impactos da mobilização dos policiais.
A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) afirma que em uma reunião na quinta-feira passada, apresentou como proposta a garantia do pagamento integral do abono fardamento na folha de junho, que seria depositado no início do mês que vem. Foi anunciada também a criação de um grupo de trabalho para apresentar propostas aos policiais. No entanto, o Sindpol, diz que manterá a greve até a convocação de uma nova assembleia para avaliar a posição do governo. A assembleia ainda não tem data para acontecer.
A Polícia Militar não comentou os impactos da paralisação da Polícia Civil no trabalho da corporação.
*Com colaboração de Leandro Hermenegildo