segunda-feira, 20 de junho de 2016

BR-381: Um sonho longínquo

Amália Goulart / 20/06/2016 - 06h00
O lote de duplicação da BR-381 com obras mais adiantadas (excluindo-se os lotes 3.2 e 3.3, já concluídos) tem apenas 28,93% de execução financeira. É o lote 7, que compreende trecho próximo a Caeté, e está orçado em R$173,3 milhões.

O senador Antonio Anastasia (PSDB) questionou o Ministério dos Transportes sobre o andamento da obra. O percentual citado acima consta de um ofício encaminhado ao parlamentar pelo Ministério, bem como de um outro subscrito pelo Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit).
Em resumo, as obras não estão andando, como bem mostrou reportagem de Alessandra Mendes, do Hoje em Dia, na semana que passou.

A novidade fica por conta da execução dos contratos. Orçado em R$26,1 milhões, o lote 1 teve execução de apenas 11,58%. O restante dos lotes não alcança dois dígitos de execução. O Dnit informou ao senador que vários deles terão que ser licitados novamente ou será convocada a segunda colocada. E para outros não tem dinheiro. “O lote 7 encontra-se em execução, mas num ritmo menor que o previsto, devido às restrições orçamentárias e financeiras impostas ao Dnit pelo governo federal. O início do serviço de pavimentação está condicionado à aprovação do projeto executivo de pavimentação e encontra-se em execução o viaduto de 600 metros”, afirma trecho do ofício.

A duplicação da BR-381 é um sonho antigo, e cada vez mais distante, dos mineiros. Foi prometida por vários governantes. Tema recorrente em campanhas eleitorais. Mas, pelo que se vê, a “estrada da morte” permanecerá com as mais de 200 curvas por um bom tempo.

Só que não
Da presidente Dilma Rousseff (PT) no dia 16 de junho, no Twitter, um dia antes do Rio de Janeiro decretar calamidade pública sem ter condições de honrar compromissos para as Olimpíadas: “O meu governo viabilizou as Olimpíadas. Graças ao planejamento bem feito e ao nosso trabalho dedicado, estamos prontos”. Estamos?

Eleições
Sem acordo para lançar candidato em Belo Horizonte, deputados federais e estaduais do PSDB decidiram investir no interior.
Aos finais de semana são constantes as idas dos parlamentares aos redutos eleitorais, para apoiar pré-candidatos a prefeitos.

Mais bomba
Para esta semana uma nova bomba pode explodir em Brasília: as delações do ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Fábio Cleto, e do empresário Marcelo Odebrecht. Indicado por Eduardo Cunha (PMDB), Cleto promete abalar novamente os gabinetes de parlamentares, especialmente os do PMDB. Já Odebrecht teria potencial para envolver mais de 100 políticos no esquema de distribuição de propina montado na Petrobras.
Em pauta
Amanhã, o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), concede entrevista coletiva. A aliados, ele teria dito que, se cair, leva mais de 100!

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