05/02/2016 11:52 - Atualizado em 05/02/2016 11:52
Reprodução
Doença é transmitida pelo Aedes Aegypti, transmissor da dengue e chikungunya
Enquanto a transmissão da doença por saliva e urina não é comprovada, a recomendação das instituições de saúde é para que as pessoas evitem compartilhar utensílios de uso pessoal. "Copos e talheres não devem ser compartilhados. Essa é uma medida cautelar", afirmou o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, durante o pronunciamento. Para as grávidas, a orientação é evitar aglomerações.
Os estudos foram liderados pela pesquisadora Myrna Bonaldo, chefe do Laboratório de Biologia Molecular de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz.
"O que encontrou foi o vírus na sua estrutura inteira se replicando na saliva e na urina. Isso é feito inédito. Anteriormente, os pesquisadores haviam encontrado partículas do vírus", afirmou o presidente da instituição.
"As evidências que temos hoje não nos dão base para dizer que as pessoas não devam estar no Carnaval. Mas estamos elevando o grau de cautela no grupo em que há maior potencial de danos, que são as grávidas", afirmou Gadelha.
Alerta mundial
Na última segunda-feira (1º), a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou os casos de microcefalia - relacionados ao zika vírus - como uma emergência de saúde pública de importância internacional. O anúncio veio após o crescente número de ocorrências da doença, transmitida na gestação. Até o momento, 404 relatos para microcefalia foram confirmados no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Pelo menos 17 já foram relacionados ao zika vírus.
Mosquito
Até então, a única forma confirmada por cientistas de transmissão da doença, uma preocupação mundial, era pelo mosquito Aedes aegypti. O vetor é o mesmo que transmite dengue e febre chikungunya.
Esta semana, porém, chamou a atenção o relato de um paciente dos Estados Unidos que teria contraído o zika por contato sexual. As autoridades de saúde norte-americanas confirmaram que o vírus foi transmitido por relação sexual.
Combate
Também no início dessa semana, a presidente Dilma Roussef assinou uma medida provisória autorizando a entrada forçada em imóveis abandonados ou quando os moradores estiverem ausente por longo período. A medida tem como objetivo potencializar o controle dos focos do mosquito transmissor da doença. Em Minas Gerais, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), 90% dos criadouros do Aedes aegypti são encontrados nas casas.
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