terça-feira, 17 de novembro de 2015

Temer diz que Dilma faz 'o possível e o impossível' para unir o país


17/11/2015 11h55 - Atualizado em 17/11/2015 13h11-G1

Vice-presidente foi questionado sobre quem seria capaz de unir o país.
Em agosto, ele teve atritos com petistas ao sugerir que alguém unisse o Brasil.

Do G1, em Brasília, com informações da GloboNews
Apesar das cobranças de alas do PMDB para que o partido rompa com o governo federal, o vice-presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta terça-feira (17), em entrevista à GloboNews, que a presidente Dilma Rousseff faz "o possível e o impossível" para manter a unidade do país. Temer deu a declaração, em meio ao congresso nacional do PMDB, ao ser questionado sobre quem seria a pessoa capaz de unificar o país, já que ele tem defendido publicamente que "é preciso que alguém tenha capacidade de reunificar a todos".
"Acho que a presidente Dilma faz o possível e o impossível por essa unidade nacional. E tenho mais do que a impressão, a certeza, de que ela pensa numa unidade nacional", disse o vice à GloboNews no encontro partidário no qual o PMDB pretende discutir propostas de superação da crise econômica e alternativas a políticas do governo Dilma.
Em agosto, diante do acirramento da crise política com a aprovação de "pautas-bomba" no Congresso Nacional e pedidos de impeachment de Dilma Rousseff, o vice-presidente deu uma declaração polêmica na qual afirmou que a situação do país era grave e apelou por união.
Acho que a presidente Dilma faz o possível e o impossível por essa unidade nacional. E tenho mais do que a impressão, a certeza, de que ela pensa numa unidade nacional"
Michel Temer, vice-presidente da República
Na ocasião, ele disse que era preciso que alguém tivesse capacidade "de reunificar a todos, de reunir a todos". À época, a fala de Temer gerou atrito com ministros do PT, que o acusaram de estar tentando se promover como um "salvador da pátria".
Em razão do mal-estar político, Temer acabou divulgando uma nota na qual repudiou as teorias de que ele estivesse agindo como "conspirador". No mês seguinte, ele entrou em um novo impasse com o PT, ao declarar, em um debate com empresários, que se a presidente mantiver os atuais índices de popularidade será "difícil" resistir a mais três anos e meio de governo.
Nesta terça-feira, mesmo com o apelo do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), para que o PMDB aproveite o congresso nacional para debater o rompimento com Dilma Rousseff e a eventual migração para as fileiras da oposição, Michel Temer preferiu não polemizar com a presidente da República. Desta vez, ele disse que o próprio governo federal tem condições de promover a unificação do país.
"O governo pode fazer isso [unificar o Brasil]. Muitas lideranças podem fazer isso, inclusive o governo", enfatizou.
Candidatura própria
Michel Temer também foi questionado pela GloboNews sobre se ele cogitava disputar a Presidência da República em 2018, na medida em que líderes do partido têm repetido que a sigla terá candidato próprio ao Palácio do Planalto.
Ao responder, o peemedebista afirmou que não é candidato a presidente e que, se a legenda escolher "um bom candidato", ele já daria por "satisfeita" sua vida pública.
"Não sou [candidato]. Quero cumprir meu papel de vice-presidente e, no momento, de presidente do PMDB. [...] Se escolhermnos um bom candidato a presidente, dou por satisfeita a minha vida pública", ressaltou o vice.

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