terça-feira, 17 de novembro de 2015

China declara guerra a produtos 'xing-ling'

Governo chinês vai aumentar a fiscalização sobre o comércio eletrônico para tentar erradicar a pirataria, que prejudica a imagem do país e gigantes do e-commerce, como o Alibaba

- Atualizado em
Johnnie Walker falso
Versão falsificada do uísque Johnnie Walker(Reprodução/VEJA)
A China, muitas vezes associada à pirataria e ao comércio de produtos de qualidade inferior, informou nesta terça-feira que vai aumentar a fiscalização sobre o comércio eletrônico. Com o esforço, o gigante asiático tentará erradicar o comércio desse tipo de mercadoria, que prejudica empresas de e-commerce, como a Alibaba, e a própria imagem do país.
A Administração Estatal da Indústria e Comércio (Saic, na sigla em inglês) planeja aplicar inspeções de qualidade aleatórias sobre produtos que podem ser comprados online, de acordo com um comunicado no site do órgão regulador. A Saic vai levar em conta avaliações dos consumidores e pressionar por cooperação das plataformas de varejo online.
Companhias como Alibaba e JD.com, sua rival, entre muitas outras, têm sido advertidas pelos reguladores chineses por permitir a venda de produtos de baixa qualidade, assim como produtos falsificados - os "xing-ling", como costumam ser chamados no Brasil. Mas as autoridades também estão ansiosas para acabar com a reputação geral da China como um mercado invadido por riscos à segurança dos consumidores e violações desenfreadas de propriedade intelectual.
Os comerciantes descobertos vendendo produtos que não se enquadram nos padrões dos reguladores serão obrigados a paralisar as vendas, disse a Saic. As plataformas de comércio eletrônico nos quais esses comerciantes operam também serão responsáveis por remover os produtos, de acordo com o comunicado.
"Tudo aquilo que protege o consumidor chinês é uma boa notícia", disse um porta-voz da JD.com, segunda maior empresa de varejo online do país.

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