Alvo
Antes de ser preso, ex-ministro já se queixava da falta de apoio
José Dirceu foi preso na semana passada na 17ª fase da Lava Jato
PUBLICADO EM 10/08/15 - 03h00
São Paulo.
Dias antes de ser preso na 17ª fase da operação Lava Jato, o
ex-ministro petista José Dirceu, 69, se mostrava vencido. Ligava para a
família pedindo que o visitassem porque poderia “ser preso a qualquer
hora”. Na semana que antecedeu a prisão, em conversa com amigos, chegou a
calcular que ficaria preso por pelo menos “seis ou oito meses”. A
expectativa resultou em uma crise de hipertensão, com pico de pressão
arterial de 19 por 12 (o normal é cerca de 12 por 8).
Nos últimos tempos, Dirceu se mostrava
ressentido com lideranças do PT, sobretudo com o ex-presidente Luiz
Inácio Lula a Silva, com quem não fala desde antes de sua condenação no
mensalão.
Queixava-se da falta de apoio público por
parte da cúpula do partido. Como esperava, sua defesa não foi feita,
mais uma vez, na reunião da Executiva Nacional do PT na última
terça-feira. Desde que começou a cumprir pena, ele deixou de participar
dos destinos políticos do partido e pouco foi visitado pelos
companheiros.
Em março, seu almoço de aniversário, antes
marcado pela presença de políticos de todos os calibres, contou com
poucas pessoas e nenhum figurão da legenda.
Há tempos a base de apoio de Dirceu deixou
de ser sua corrente interna do partido, a Construindo Um Novo Brasil, e
passou a ser o “setorial” da juventude. São esses jovens que organizam
manifestações de apoio e gritam, em eventos petistas, “Dirceu, guerreiro
do povo brasileiro”.
O grito de guerra, no entanto, não foi
entoado no último congresso nacional do partido, em junho. E a julgar
pela reação dos petistas depois das evidências de que o ex-ministro
teria recebido benesses pessoais – como uma milionária reforma em sua
casa e o aluguel de um jato particular – enquanto fazia vaquinha para
pagar a multa do mensalão, talvez o grito de guerra não volte a ser
ouvido tão cedo.
Mesmo com o faturamento de quase R$ 40
milhões de sua empresa, a JD, Dirceu nega ter enriquecido e diz ter
dívidas de R$ 3 milhões – acumuladas com a defesa em processos e as
atividades políticas.
Câmara quer anular ação contra Cunha
Brasília. A Câmara ingressou com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que seja anulada uma ação que teve como alvo o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O parlamentar está entre os 50 políticos investigados na operação Lava Jato perante o Supremo. A expectativa é de que Cunha figure ainda entre os primeiros políticos denunciados pela Procuradoria Geral da República (PGR).
No recurso, a Câmara argumenta que a ação, autorizada pelo STF, “desrespeitou prerrogativas fundamentais da Constituição e a harmonia dos Poderes”.
Brasília. A Câmara ingressou com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que seja anulada uma ação que teve como alvo o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O parlamentar está entre os 50 políticos investigados na operação Lava Jato perante o Supremo. A expectativa é de que Cunha figure ainda entre os primeiros políticos denunciados pela Procuradoria Geral da República (PGR).
No recurso, a Câmara argumenta que a ação, autorizada pelo STF, “desrespeitou prerrogativas fundamentais da Constituição e a harmonia dos Poderes”.
Propina a Gim
CPI. O ex-senador Gim Argello (PTB-DF) distribuiu a pelo menos seis campanhas no Distrito Federal parte do dinheiro que o dono da UTC, Ricardo Pessôa, disse ter pagado a ele como propina para obter proteção na CPI da Petrobras em 2014. O petebista era vice-presidente da CPI.
Bolada. Em delação, Pessôa disse que a UTC pagou R$ 5 milhões a Gim em doações eleitorais.
CPI. O ex-senador Gim Argello (PTB-DF) distribuiu a pelo menos seis campanhas no Distrito Federal parte do dinheiro que o dono da UTC, Ricardo Pessôa, disse ter pagado a ele como propina para obter proteção na CPI da Petrobras em 2014. O petebista era vice-presidente da CPI.
Bolada. Em delação, Pessôa disse que a UTC pagou R$ 5 milhões a Gim em doações eleitorais.
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