O mês de agosto é aguardado com apreensão em Brasília. No Palácio do Planalto, as próximas semanas devem servir como termômetro para avaliar a real dimensão da crise política.
O governo enfrentará vários testes no Congresso Nacional. Enfraquecida politicamente, a presidente Dilma Rousseff pediu apoio dos governadores para barrar matérias que elevam o gasto público, a chamada "pauta-bomba".
Mas até mesmo os articuladores políticos do governo estão pessimistas. Para tentar recuperar parte da base aliada, o Palácio do Planalto avisou aos parlamentares que vai liberar até o fim do ano R$,4,9 bilhões em emendas.
Mesmo assim, o governo teme que os desdobramentos da Operação Lava Jato possam ampliar a instabilidade política no Congresso Nacional.
Em março deste ano, a governabilidade da presidente Dilma Rousseff no Congresso Nacional foi abalada de forma definitiva com a divulgação da famosa lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com os nomes de dezenas de políticos que passaram a ser investigados, com autorização do Supremo Tribunal Federal, no âmbito da Operação Lava Jato. Entre eles, estão os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
A constatação no Planalto é que, em agosto, com a divulgação de outra lista – a de denunciados –, a situação política pode ficar imprevisível.
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