quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Adesivo pode ser arma final contra mosquitos

Segredo

Componentes de fabricação não foram revelados por empresa


Fonte: http://www.otempo.com.br/interessa/adesivo-pode-ser-arma-final-contra-mosquitos-1.1090341
PUBLICADO EM 20/08/15 - 03h00

Nova York, EUA. No Alasca, onde cresci, os mosquitos superam as pessoas numa proporção de 24 milhões para um. Isso faz dele um ótimo lugar para testar as últimas defesas contra os bichinhos.
Em uma visita a minha casa, experimentei os produtos mais recentes do mercado: pulseiras feitas com óleos vegetais, ventiladores com o repelente embutido, roupas tratadas quimicamente e o bom e velho inseticida. Também testei um adesivo de alta tecnologia que só deve ser lançado no ano que vem.
Eu descobri o seguinte: todos os produtos atuais oferecem níveis variados de proteção, mas nada funcionou tão bem quanto o repelente químico tradicional. Nada, isto é, até eu testar o adesivo, que poderia tirar os humanos da cadeia alimentar dos pernilongos para sempre.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, os mosquitos permanecem como os animais mais mortais do planeta, transmitindo doenças como a do Nilo Ocidental, chikungunya e malária que matam mais de 1 milhão de pessoas por ano. Qualquer tecnologia nova para repelir de forma eficaz e consistente os pernilongos não vai apenas tornar os verões mais confortáveis – também salvará vidas.

Nova arma. A boa notícia é um adesivo que praticamente cria um campo de força repelente aos pernilongos ao redor do corpo – e pode estar disponível em 2016. Para aprender mais, visitei o Kite, um grande laboratório em Riverside, Califórnia.
Uma equipe de cientistas e empreendedores está dando os toques finais a um adesivo, para ser usado na roupa, que praticamente torna os humanos invisíveis para os pernilongos. Para descobrir se ele funciona, fiz o sacrifício supremo, colocando meu braço desprotegido dentro de uma espécie de aquário cheia de mosquitos. Sim, foi horrível.
A seguir, tentei proteger meu braço com a série de produtos (pulseiras, roupas e aerossol de DEET) que experimentei no Alasca, com resultados similares aos que tive no campo de provas: nada que virasse a mesa.
Então veio o teste com a substância do Kite. O adesivo tinha um cheiro parecido ao de cravo-da-índia, e, assim que inseri meu braço novamente dentro da caixa de vidro, nenhum mosquito pousou perto dele.
Durante minha estada no laboratório, não consegui falar com ninguém que contasse do que é feito o produto, só que uma versão branda a ser lançada em 2016 é feita com odores baseados em plantas, o que não exige aprovação da Agência de Proteção Ambiental. Uma versão mais forte aguarda aprovação regulatória para 2017.

Em teste, o inseticida ainda continua sendo melhor solução

Nova York. Meu primeiro teste contra mosquitos foi com as pulseiras embebidas em óleos vegetais como citronela, capim-limão e hortelã. Tinham cheiro bom e ótimo visual, mas não afastaram os bichos por muito tempo.
Minha família no Alasca confia no Off Clip On – um ventilador do tamanho de um celular encaixado na parte de cima da calça que circula um repelente sem cheiro feito com metoflutrina. Funcionou melhor do que os repelentes naturais, mas é melhor quando a pessoa está parada. 
A seguir, vesti roupa com permetrina, substância sintética que mata insetos quando é perfurada. Embora os mosquitos não a tenham penetrado, eles se mostravam perfeitamente à vontade para voar ao meu redor e, às vezes, pousar em qualquer pedaço de pele nua que encontrassem. 

A única coisa que funcionou bem de verdade é algo que já funcionava bem 40 anos atrás: inseticida. 

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