Segredo
Componentes de fabricação não foram revelados por empresa
PUBLICADO EM 20/08/15 - 03h00
Nova York, EUA. No Alasca, onde cresci, os mosquitos
superam as pessoas numa proporção de 24 milhões para um. Isso faz dele
um ótimo lugar para testar as últimas defesas contra os bichinhos.
Em uma visita a minha casa, experimentei os produtos mais recentes do
mercado: pulseiras feitas com óleos vegetais, ventiladores com o
repelente embutido, roupas tratadas quimicamente e o bom e velho
inseticida. Também testei um adesivo de alta tecnologia que só deve ser
lançado no ano que vem.
Eu descobri o seguinte: todos os produtos atuais oferecem níveis
variados de proteção, mas nada funcionou tão bem quanto o repelente
químico tradicional. Nada, isto é, até eu testar o adesivo, que poderia
tirar os humanos da cadeia alimentar dos pernilongos para sempre.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, os mosquitos permanecem como os
animais mais mortais do planeta, transmitindo doenças como a do Nilo
Ocidental, chikungunya e malária que matam mais de 1 milhão de pessoas
por ano. Qualquer tecnologia nova para repelir de forma eficaz e
consistente os pernilongos não vai apenas tornar os verões mais
confortáveis – também salvará vidas.
Nova arma. A boa notícia é um adesivo que praticamente cria um campo de força repelente aos pernilongos ao redor do corpo – e pode estar disponível em 2016. Para aprender mais, visitei o Kite, um grande laboratório em Riverside, Califórnia.
Uma equipe de cientistas e empreendedores está dando os toques finais a
um adesivo, para ser usado na roupa, que praticamente torna os humanos
invisíveis para os pernilongos. Para descobrir se ele funciona, fiz o
sacrifício supremo, colocando meu braço desprotegido dentro de uma
espécie de aquário cheia de mosquitos. Sim, foi horrível.
A seguir, tentei proteger meu braço com a série de produtos (pulseiras,
roupas e aerossol de DEET) que experimentei no Alasca, com resultados
similares aos que tive no campo de provas: nada que virasse a mesa.
Então veio o teste com a substância do Kite. O adesivo tinha um cheiro
parecido ao de cravo-da-índia, e, assim que inseri meu braço novamente
dentro da caixa de vidro, nenhum mosquito pousou perto dele.
Durante minha estada no laboratório, não consegui falar com ninguém que
contasse do que é feito o produto, só que uma versão branda a ser
lançada em 2016 é feita com odores baseados em plantas, o que não exige
aprovação da Agência de Proteção Ambiental. Uma versão mais forte
aguarda aprovação regulatória para 2017.
Em teste, o inseticida ainda continua sendo melhor solução
A única coisa que funcionou bem de verdade é algo que já funcionava bem 40 anos atrás: inseticida.
Em teste, o inseticida ainda continua sendo melhor solução
Nova York. Meu primeiro teste contra mosquitos foi
com as pulseiras embebidas em óleos vegetais como citronela, capim-limão
e hortelã. Tinham cheiro bom e ótimo visual, mas não afastaram os
bichos por muito tempo.
Minha família no Alasca confia no Off Clip On – um ventilador do
tamanho de um celular encaixado na parte de cima da calça que circula um
repelente sem cheiro feito com metoflutrina. Funcionou melhor do que os
repelentes naturais, mas é melhor quando a pessoa está parada.
A seguir, vesti roupa com permetrina, substância sintética que mata
insetos quando é perfurada. Embora os mosquitos não a tenham penetrado,
eles se mostravam perfeitamente à vontade para voar ao meu redor e, às
vezes, pousar em qualquer pedaço de pele nua que encontrassem.
A única coisa que funcionou bem de verdade é algo que já funcionava bem 40 anos atrás: inseticida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário