20/08/2015 09h00
- Atualizado em
20/08/2015 09h53
Índice ficou em 7,5% no sétimo mês do ano, após atingir 6,9% em junho.
População desocupada cresceu 56% frente a julho de 2014.
DESEMPREGO EM JULHO
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Fonte: IBGE
“O que está acontecendo nesse ano é que a taxa vem crescendo e vem crescendo num ritmo mais intenso do que o observado no ano anterior [2014]. O que está chamando a atenção em 2015 é a intensidade do fenômeno, não o fenômeno em si”, analisou Adriana Araújo Beringuy, técnica da Coordenação de Rendimento e Trabalho do IBGE.
A população desocupada (pessoas ques estão procurando trabalho) atingiu 1,8 milhão de pessoas, um aumento de 9,4% frente a junho e de 56% na comparação com julho de 2014. De acordo com o IBGE, esse foi maior crescimento anual da população desocupada em toda a série histórica, iniciada em março de 2002.
“É uma procura crescente de trabalho que tanto está sendo influenciado por aquelas pessoas que estão perdendo seu trabalho, mas também influenciado por pessoas que antes estavam na chamada população inativa, e saem dessa população e começam a fazer parte da desocupação [buscam por emprego]”, disse Adriana.
Já a população ocupada ficou estatisticamente estável - em 22,8 milhões de pessoas - em ambas comparações.
O instituto apontou estabilidade da população ocupada por grupamento de atividades. Porém, mostrou queda de 4,2% na construção e de 5,2% na indústria. No setor de educação, saúde e administração pública, houve aumento de 4,2% na população ocupada.
O emprego com carteira no setor privado também caiu. Em julho, o número de trabalhadores caiu 1,5% frente a junho e 3,1% em relação a julho de 2014.
DESEMPREGO MÊS A MÊS
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Fonte: IBGE
Acompanhando a oferta menor de trabalho, os salários também diminuíram. O rendimento médio real habitual dos trabalhadores chegou a R$ 2.170,70 - praticamente sem variação frente a junho. No entanto, em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve recuo de 2,4% - a sexta queda mensal seguida.
Onde o desemprego subiu mais
Na comparação mensal, o desemprego subiu na Região Metropolitana de São Paulo (de 7,2% para 7,9%). Já na comparação com julho do ano passado, a taxa creasceu em Salvador (de 8,9% para 12,3%); São Paulo (de 4,9% para 7,9%); Recife (de 6,6% para 9,2%); Rio de Janeiro (de 3,6% para 5,7%); Belo Horizonte (de 4,1% para 6,0%) e em Porto Alegre (de 4,3% para 5,9%).
Em relação a junho último, os rendimentos subiram em Salvador (2,1%) e no Rio de Janeiro (3,1%), mas caíram no Recife (-2,3%) e em São Paulo (-0,9%) e ficou estável em Belo Horizonte e Porto Alegre.
Na comparação anual, o rendimento caiu em São Paulo (-3,5%), no Recife (-3,0%), em Belo Horizonte (-2,9%) e no Rio de Janeiro (-2,8%) e subiu em Porto Alegre (1,6%) e em Salvador (1,3%).
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