04/08/2015 14:23 - Atualizado em 04/08/2015 14:23
Reprodução/ Facebook
Jornalista atuava como assessor de imprensa da prefeitura de Araçuaí
O delegado Cristiano Castelutti, que investiga o assassinato do
jornalista André Luiz de Sa´, de 29 anos, descartou que a morte tenha
relação com a atividade profissional até então desenvolvida pela vítima.
O jornalista foi assassinado em Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, na
manhã de segunda-feira (3).
Conforme o investigador, uma pessoa que estava com Sá no dia do crime
já foi ouvida. Outras três devem prestar depoimento ainda nesta
terça-feira (4). Ainda segundo Castelutti, o imóvel onde o corpo foi
encontrado era da vítima, estava em reforma e possuía apenas uma cama.
Outros detalhes do caso não foram divulgados para não atrapalhar as
investigações.
Assassinato
De acordo com a Polícia Militar, André Luiz de Sá, de 39 anos, foi
encontrado morto na manhã de segunda-feira (3) em uma casa que pertence a
ele e usada para reunir amigos. O corpo apresentava escoriações na
cabeça, o que indica que ele foi assassinado a pauladas. O crime teria
acontecido por volta de 1h. A casa não estava revirada e, a princípio,
nenhum item foi levado. Sá era assessor de imprensa da Prefeitura de
Araçuaí e, de acordo com a polícia, não tinha inimizades.
Esse é o segundo caso de jornalista assassinado no Vale do
Jequitinhonha neste ano. Em maio, o repórter investigativo Evany José
Metzker, de 67 anos, foi encontrado morto no município de Padre Paraíso,
com o corpo decapitado, as mãos amarradas e sem calças. Ele vestia uma
camiseta do blog de autoria dele, o “Coruja do Vale”, que fazia
denúncias. O caso ainda permanece sem esclarecimentos, mas a Polícia
Civil segue na investigação.
Ipatinga
Em junho foi condenado a 16 anos de prisão Alessandro Neves Augusto, de
34 anos, o “Pitote”, pelo assassinato do jornalista Rodrigo Neto. O
crime aconteceu no dia 8 de março de 2013. Neto foi executado a tiros
quando estava em um bar com um amigo do bairro Canaã, em Ipatinga, no
Vale do Aço.
O repórter era especializado na cobertura de notícias policiais e
durante toda sua carreira denunciou diversos crimes, inclusive
envolvendo agentes militares e civis como autores. Um outro homem, que
estava com o Rodrigo Neto quando ele foi alvejado, também foi atingido,
mas conseguiu escapar.
Dos anos de condenação a serem cumpridos por Augusto, 12 são pelo
assassinato do jornalista e 4 pela tentativa de homicídio contra o amigo
do repórter.
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