sexta-feira, 31 de julho de 2015

Em protesto, mais de 600 prefeituras mineiras fecharão as portas

No dia 24 de agosto

Apenas atendimentos de urgência e emergência na área da saúde irão funcionar; municípios alegam sofrer com a crise nacional e não ter o respaldo dos governos federal e estadual


PUBLICADO EM 30/07/15 - 19h03
No dia 24 de agosto, mais de 600 prefeituras de Minas Gerais vão fechar as portas por um dia. O número foi divulgado pela Associação Mineira de Municípios (AMM). A decisão foi tomada por 70 prefeitos representantes das 43 microrregionais do Estado, em reunião realizada nesta quinta-feira (30) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. De acordo com a associação, 80% das 853 prefeituras do Estado vão aderir ao protesto.
A promessa dos prefeitos é que todos os serviços públicos municipais serão suspensos e rodovias também serão fechadas. Apenas atendimentos de urgência e emergência na área da saúde irão funcionar. Os parlamentares alegam que os pequenos municípios estão passando por dificuldades financeiras. A ação seria uma forma de pressionar os governos federal e estadual.
A reportagem pediu à AMM para informar os nomes de todos os municípios que pretendem fechar, mas a associação não soube listar todos eles.
Conforme informações da assessoria de imprensa da AMM, o prefeito de Pará de Minas, Antônio Júlio, acredita que "a crise que o país enfrenta é essencialmente política e a mais grave vivenciada nos seus 35 anos de vida pública".
Para o parlamentar, o "país está sem comando e o Congresso Nacional não tem mostrado reação. As prefeituras estão fazendo adequações no orçamento e já demitiram muitos servidores".
O prefeito de Itajubá, no Sul de Minas, Rodrigo Riera, acredita que a única forma de mudar esse cenário é a paralisação. Ainda segundo o administrador, o objetivo é mostrar para a sociedade as dificuldades enfrentadas pela administração pública.
Ainda por meio da AMM, o prefeito de Sacramento, no Alto Paranaíba, Bruno Scalon, afirmou que os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e do ICMS estão em queda. A paralisação seria uma forma de pressionar para conseguir arrecadar "os recursos que estão faltando para não prejudicar os cidadãos”.
Uma cartilha será montada por esses municípios informando todas as reivindicações das prefeituras. Depois de pronto, o documento será repassado para a população.
Atualizada às 20h45

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