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Ronald Freitas, assessor do governador de Minas, disse ainda que a revista "inventa" fatos sobre a decapitação de jornalista no estado
REDAÇÃO ÉPOCA
19/05/2015 - 19h44 - Atualizado 19/05/2015 19h46
Em tom irritado, o subsecretário de Comunicação Social de Minas Gerais, Ronald Cavalcante de Freitas, disse à ÉPOCA que o governador de Minas, Fernando Pimentel, do PT, não se pronunciará sobre o assassinato do jornalista Evany José Metzker, de 67 anos – torturado e decapitado no interior do Estado – até a conclusão do inquérito policial. "A polícia civil está trabalhando e, até que fiquem claras as especificidades do crime, não teremos uma posição oficial", disse Freitas.
Ele afirmou que Pimentel não “mandou dizer” que, em razão da hipótese de crime passional, ele, Pimentel, não iria se pronunciar. "Vocês estão inventando coisas", acusou Freitas, com a voz alterada. Perguntado qual a razão do silêncio do governador, e por que ele falaria apenas ao fim das investigações, Freitas não respondeu.
A prefeita de Padre Paraíso, local do crime, chama-se Dulcineia Duarte de Souza. É do PT.
Freitas também disse que Pimentel não agiria “pressionado” por ÉPOCA, que noticiou o silêncio do governador diante do crime e da suspeita de retaliação ao trabalho do jornalista.
“Essa é a situação que encontramos”, disse Freitas, quando questionado sobre o fato de a delegada do caso, Fabrícia Nunes Noronha, ter deixado a cidade de Padre Paraíso na tarde de hoje, terça-feira. Segundo a delegacia de Padre Paraíso, a delegada partiu hoje para Pedra Azul, a 150 quilômetros dali, para cumprir um plantão. Ficará até sexta. Na delegacia de Pedra Azul, informou-se que a delegada chegaria em poucas horas.
Apesar disso, Freitas manteve que a delegada encontrava-se em Padre Paraíso. Depreende-se que Freitas se referia “à situação” deixada pelo governo do PSDB, a quem Pimentel sucedeu. “Um jornalista foi assassinado ano passado e vocês não disseram nada”, disse Freitas, ainda alterado.
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