segunda-feira, 25 de maio de 2015

PT traz lula a Belo Horizonte para discutir eleição 2016


Amália Goulart
Amália Goulart
amaliagoulart@hojeemdia.com.br


25/05/2015

O PT mineiro quer dar uma demonstração de força para as eleições de 2016. Comandando o governo estadual, o consenso dentro da legenda é de que dificilmente um petista não será candidato à Prefeitura de Belo Horizonte. A aposta será em um nome novo ou um parlamentar jovem.
Em cidades polo e no interior, a ideia é lançar candidatos em parceria com os aliados, cedendo a cabeça de chapa ou negociando a candidatura própria.
O tema é a pauta de discussões que traz a Belo Horizonte o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele, bem como o governador Fernando Pimentel e o presidente nacional petista Rui Falcão, comandarão o encontro estadual do partido. O evento está marcado para a próxima sexta-feira. Termina no sábado. Tem por objetivo apresentar novos filiados, reunir prefeitos e vereadores para debater sobre o processo de 2016.
É a largada eleitoral de uma legenda que comanda um dos mais importantes estados do país, mas corre o risco de ter mais uma mancha para repercutir nas eleições: “o Petrolão”.
Acreditam alguns integrantes da legenda que o escândalo propiciado pela “Lava Jato” não repercutirá nos pleitos regionais. E o que vai “colar”, segundo eles, é a imagem do governador Fernando Pimentel. No Congresso Estadual da legenda, o governador deve ouvir pedidos para que “dê atenção à região” de vários dos candidatos. O desafio é driblar a crise financeira, ou arrocho por que passa o Brasil, e conseguir alocar recursos ou anunciar projetos para o interior.
Dos deputados, o pedido é pela liberação das emendas parlamentares, tidas como produtos de “marketing” em eleições por prefeituras.
Pimentel terá que ouvir os aliados. Enquanto o ex-presidente Lula deve incitar todos à luta, “em defesa do partido”, nas eleições de 2016. De fato, em Minas, existe uma probabilidade maior, se comparada a pleitos anteriores, para o aumento do número de eleitos pelo PT e partidos aliados. É indiscutível a associação entre o ocupante do poder Executivo e a força política que isso provoca.
Mas, não se pode esquecer que do outro lado está o senador Aécio Neves (PSDB) e o também senador Antonio Anastasia (PSDB). Mesmo atuando em Brasília, por força do cargo no Legislativo, Aécio goza de prestígio junto a prefeitos e lideranças no interior. Será uma disputa acirrada.
PMDB
Enquanto petistas reúnem-se para mostrar força, peemedebistas se cacifam indo direto nas bases. Há cerca de 15 dias, a legenda realiza encontros regionais pelo interior. No último final de semana, o evento foi no Triângulo Mineiro.
Fogo amigo
Dos corredores do Palácio Tiradentes parte uma constatação sobre a situação política do secretário de Defesa Social Bernardo Santana. Tem líder e secretário que compartilham da ideia de que ele deveria sair do posto. É o famoso fogo amigo. Eles também não entendem como um deputado federal sem experiência na área , contando com a antipatia de muitos promotores mantém-se no cargo. Já no Ministério Público causou mal estar entre alguns integrantes o silêncio da direção sobre a dívida com o Estado por parte da empresa em que Santana foi diretor.

Nenhum comentário: