terça-feira, 12 de maio de 2015

Paradoxo: China vai investir menos em países com tendências comunistas na América do Sul

Fonte: http://noticiasregiao.com/469836

O periódico econômico inglês, Financial Times, afirmou que a China “apesar de ser em teoria um país comunista, se preocupa muito com a sua exposição econômica aos seus parceiros tendentes ao socialismo na América do Sul, o que vem estimulando uma inclinação em relação aos outros países mais liberais na região”. A prova disso de acordo com o jornal é que o líder chinês Li Keqiang vai endossar um investimento ferroviário através do Peru, Colômbia e Chile passando pelos Andes para permitir que a soja e os minérios sejam transportados pelos portos do Pacífco no Peru.

20101113_ldp001Ainda de acordo com a publicação, aumentar os investimentos no Peru permitiria que a China dirigisse o foco dos seus interesses para longe dos governos de esquerda com quem teve relações bem próximas na última década. O jornal destaca os empréstimos que a Venezuela contraiu com o Banco de Desenvolvimento Chinês – mais de U$ 50 bilhões, considerando que a situação da economia do país produtor de petróleo tem decaído com a queda no preço do produto. A China tem ficado preocupada com o investimento feito em países que tem economias baseadas em commodities, e, de acordo com o analista da Universidade de Ciência e Tecnologia da província de Sichian, Li Renfang,parece mais seguro economicamente para o governo chinês emprestar dinheiro para os governos de centro-direita.
O projeto de criar uma linha ferroviária através da Cordilheira dos Andes é ambicioso custando entre U$ 4,5 e U$ 10 bilhões, com uma ligação através da Amazônia – o que certamente irá enfrentar oposição de ambientalistas. Esta ferrovia demonstra a visão de ampliar uma união maior entre a China e a Aliança do Pacífico, um pacto entre Chile, Colômbia, México e Peru. Apesar do Chile e do Brasil serem os maiores fornecedores de matérias-primas, o Peru tem se tornado rapidamente o maior alvo de investimento chinês na região. Além disso há o investimento na malha ferroviária da Colômbia e na Nicarágua uma empresa estatal chinesa investiu U$ 50 bilhões para criar um novo canal rivalizando com o do Panamá.

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