terça-feira, 28 de abril de 2015

Paralisações à vista

Orion Teixeira
Orion Teixeira
orionteixeira@hojeemdia.com.br

28/04/2015

A semana será de apenas quatro dias, mas com fortes turbulências políticas pelos três dias de manifestações da classe trabalhadora, entre 29 de abril e 1º de maio. Os professores estaduais param a partir dessa quarta-feira (29), com a realização da assembleia na qual irão avaliar a proposta do governo de Minas, que, numa primeira etapa, troca o prometido pagamento do piso salarial de R$ 1.917 por aumento de R$ 190 mensais a partir de maio. A nova gestão pretende chegar ao piso em quatro anos de mandato.
A proposta desagrada por duas razões. Primeiro, pelo fato de desorganizar a carreira, diminuindo percentuais de progressão e de promoção. Segundo, porque ainda não inclui integralmente os aposentados, que são maioria na carreira. Nessa assembleia, o professorado poderá sair do indicativo para uma paralisação por tempo indeterminado.
No dia seguinte, os mesmos professores participam de outra paralisação de 24 horas, desta vez nacional, em defesa das bandeiras da categoria. Já no dia 1º de maio, as centrais sindicais mudam o foco de anos anteriores, dando tom menos integrativo e de lazer e mais político aos atos do feriado, protestando contra decisões do governo federal (ajuste fiscal) e da Câmara dos Deputados (terceirização) que ameaçam direitos e conquistas históricos dos trabalhadores. Propostas de greve geral deverão entrar na pauta.

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