quarta-feira, 18 de março de 2015

Silêncio de Pimentel causa espanto, mas é estratégico


Orion Teixeira
Orion Teixeira
orionteixeira@hojeemdia.com.br

18/03/2015

Pode parecer omissão a alguns ou estratégia para outros o “barulhento” silêncio que faz o governador de Minas nessa hora difícil da política nacional. Historicamente, o Palácio da Liberdade (ou Tiradentes) sempre teve presença nacional em momentos como esse, no qual a maioria dos políticos não sabe o que fazer. Mais ainda, quando envolve o próprio partido de Fernando Pimentel e o governo de sua amiga pessoal, a presidente Dilma Rousseff, do qual foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (2011-2014). Ainda assim, nenhuma palavra, o que, pela trajetória política dos governadores de Minas, configuraria omissão.
De outro lado, evitar o confronto parece ser a melhor estratégia na falta de outra, para não vincular-se ao desgaste da companheira e do próprio partido. O braço direito da presidente preferiu ficar cruzado, embora tenha chegado disposto a fazer, como está fazendo, auditoria dos governos tucanos, bem de acordo ao espírito belicoso dos petistas. Ao fim da auditagem em curso e da aprovação do orçamento estadual para este ano, na Assembleia, apesar do rombo de R$ 6 bilhões, Pimentel terá que dar respostas aos fornecedores e, especialmente, aos servidores públicos.

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