segunda-feira, 23 de março de 2015

Semana de expectativa na política mineira


Amália Goulart
Amália Goulart
amaliagoulart@hojeemdia.com.br

23/03/2015

Enfim, chega a última semana de março. Para os mais esquecidos, quando assumiu o cargo, o governador Fernando Pimentel (PT) disse que faria uma auditoria em todas as instâncias de governo. Ela teria prazo de 90 dias. Só após o levantamento de especialistas, o novo governador poderia dar um prognóstico acerca da atual situação do Estado e do que poderá ser feito nos próximos quatro anos. Pois bem. O prazo termina.

Foram 90 dias de silêncio por parte dos colaboradores. Pimentel pediu aos secretários que não comentassem coisa alguma sobre qualquer assunto administrativo. Salvaram apenas as entrevistas coletivas programadas e ensaiadas.

Na Cidade Administrativa, existe m rumores de que o governador colheu dados que poderiam comprometer alguns dos gestores passados. E iria divulgá-los a “conta-gotas”. É esperar para ver.

Enquanto os boatos ganham os corredores da Cidade Administrativa, os fornecedores querem informações concretas. Querem saber, por exemplo, se obras paradas por falta de recurso serão pagas e compromissos assumidos anteriormente serão honrados.

Orçamento

Nos bastidores, o governo só irá se pronunciar sobre a auditoria após a aprovação do orçamento. A peça deve ser colocada em votação nesta semana na Assembleia Legislativa. Governistas temem que, ao divulgar dados que podem atingir aliados da oposição, haja rebelião, comprometendo o acordo para aprovar a Lei Orçamentária de 2015.

No prognóstico de alguns parlamentares, o orçamento será aprovado na próxima quinta-feira, no máximo na sexta-feira.

Presidência

A volatilidade com que surgem as especulações para a sucessão da presidente Dilma Rousseff parece acompanhar as curvas do dólar.

Passadas as manifestações contrárias ao governo da petista, alguns integrantes do partido chegaram a uma conclusão. Se retirarmos o desgaste pelo qual passou a presidente e as consequências dele, sobrou o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.

Tem deputado dizendo que Cardozo saiu-se muito bem. Defendeu com firmeza o governo sem parecer arrogante. E pode ser o escolhido por Dilma para encampar a disputa presidencial de 2018. Resta saber se o ex-presidente Lula pensa da mesma maneira. Tem gente enciumado no ninho petista.

Querela

Em Minas Gerais ganha corpo a disputa interna envolvendo os aliados do senador Aécio Neves (PSDB).

Tem muita gente querendo poucos cargos. São dois os postos de mais cobiça: o do senador Antonio Anastasia (PSDB), que pode deixar o Senado para disputar a Prefeitura de Belo Horizonte ou o governo, em 2018, e o do prefeito Marcio Lacerda (PSB), que cumpre o segundo mandato. 


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