segunda-feira, 9 de março de 2015

Política e economia em crise fazem combinação explosiva


Orion Teixeira
Orion Teixeira
orionteixeira@hojeemdia.com.br
  

08/03/2015

A lista do procurador-geral Rodrigo Janot e do ministro Teori Zavascki (STF), do caso Petrobras, não aliviou a instabilidade política. Ao contrário, tende a deteriorar ainda mais o quadro a ponto de contaminar, inevitavelmente, o econômico, que já era de crise. Se a crise fosse só política e moral poderia ficar restrita ao Congresso Nacional, mas a econômica já bate no bolso do cidadão, produzindo combinação explosiva. Ninguém será poupado, nem os que estão de fora da lista.
 
Para sair da crise econômica, o governo federal depende do apoio do Congresso, na aprovação de suas medidas de ajuste. Sem isso, não poderá implantar os cortes, limitação de benefícios e aumento de impostos. Não se sabe onde começa uma coisa e outra, mas há um déficit de liderança e de comando que deixa o país à deriva.
 
Dois dias depois de reunir-se com a cúpula do PMDB, para justificar e pedir apoio às medidas provisórias, a presidente Dilma Rousseff (PT) editou outra, a do aumento de tributo sobre a folha de pagamento, sem antecipá-la no encontro. Ficou a desconfiança que, somada a outra, de que houve dedo do governo na inclusão de seu nome na lista de Janot, levou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), a devolver essa medida provisória.
 
Há previsões segundo as quais ele devolverá as outras MPs, que limitam a concessão de benefícios trabalhistas e previdenciários. Do ponto de vista político e econômico, é um desastre; do ponto de vista social, a insatisfação começa a crescer.
 

Nenhum comentário: