Em SP, força-tarefa busca caminhão com o explosivo.
Crime deixou as autoridades de segurança em alerta.
O Comando Militar do Sudeste, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo e a Polícia Rodoviária Federal estão mobilizados para tentar recuperar 14 toneladas de dinamite que foram roubadas na madrugada de sexta-feira (13).
O motorista que transportava a carga já confessou a participação no crime que deixou as autoridades da segurança em alerta.
Quando procurou a delegacia, o motorista Adriano José Silveira, de 36 anos, contou que tinha sido vítima de assalto. "Pararam o carro na frente, me abordaram, encapuzaram e botaram dentro do carro", conta ele.
A mentira não durou muito tempo. Segundo a polícia, no mesmo dia, o motorista confessou que ajudou os bandidos no assalto do caminhão que ele dirigia, cheio de dinamite.
A carga tinha saído da fábrica, na cidade de Cruzeiro, no interior de São Paulo, em direção a Criciúma, Santa Catarina, onde o explosivo seria usado por mineradoras de carvão. Mas em Guarulhos o caminhão foi roubado.
Desde 1º de março, está em vigor no estado de São Paulo uma diretriz do Exército que obriga as transportadoras de explosivos e outros acessórios perigosos a providenciar escolta particular.
A medida faz parte de um pacote para conter ataques a caixas eletrônicos, anunciado no fim do mês passado. Na época, a Secretaria da Segurança Pública disse que ajudaria o Exército a fiscalizar.
"Nós vamos passar a não só fazer fiscalizações conjunta em todas as pedreiras para evitar o desvio de detonadores, de bananas de dinamite, mas também nós vamos fazer equipes conjuntas pra analisar esses explosivos e verificar de qual pedreira saiu, de onde saiu e quem foi o responsável por esse desvio", diz Alexandre de Moraes, secretário de Segurança Pública de SP.
Segundo o Exército, foi dado um prazo para as transportadoras se adequarem. Elas só serão punidas a partir de 6 de abril.
O dono da transportadora do caminhão roubado em Guarulhos (SP) confirmou que não tinha escolta. Agora, 14 toneladas de dinamite estão nas mãos de bandidos, cirulando por aí. A polícia de São Paulo criou uma força-tarefa e tenta localizar o caminhão.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo disse que está aguardando a criação de um grupo de trabalho que vai contar com representantes dos Ministérios da Justiça e da Defesa. Esse grupo vai definir as mudanças das regras no que diz respeito à fiscalização de explosivos.
A Secretaria da Segurança pública disse também que reforçou as investigações e reduziu em 67% os ataques a caixas eletrônicos com o uso de explosivos.
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