terça-feira, 24 de março de 2015

Operação do MP em São Joaquim de Bicas resulta em prisão de vereadores

REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

Políticos são investigados pelos crimes de formação de quadrilha e crime contra o patrimônio público; foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, três de prisão e três de condução coercitiva


PUBLICADO EM 24/03/15 - 08h16
Seis vereadores de São Joaquim de Bicas, na região metropolitana de Belo Horizonte, foram presos, na manhã desta terça-feira (24), durante a operação Contra Legem do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A Polícia Militar (PM), por meio do Batalhão Rondas Ostensivas Táticas (Rotam) apoiou o trabalho com o cumprimento de nove mandados de busca e apreensão, quatro de prisão e dois de condução coercitiva na casa dos políticos e na Câmara Municipal.
De acordo com o tenente-coronel Giovani, o presidente da Câmara, Carlinhos da Funerária (PSB), foi o último a ser localizado. Ele foi preso em flagrante por porte ilegal de arma e encaminhado, junto com Cristiano da Balança (PMDB), Niltinho (PPS), Fabinho (PSDB), Marcão (PT) e Neném da Horta (PMDB) para a comarca do Ministério Público em Igarapé, na mesma região, onde prestarão depoimento. Os presos e conduzidos estão sendo investigados pelos crimes de formação de quadrilha e crime contra o patrimônio público. A PM apreendeu computadores, agendas e documentos. 
O advogado da Casa Legislativa, Joubert da Silva Saraiva, disse que o MPMG "já chegou detendo os vereadores" e que ele ainda não sabe o porquê de eles terem sido conduzidos.
No total, a cidade conta com 11 vereadores. Cerca de 300 moradores do município, acompanham as diligências e comemoraram a prisão dos políticos. "É como um grito de liberdade da população, que sempre fez denúncias. Sentimento de alivio. A população sempre soube que havia corrupção", afirmou a dona de casa Luzia Ferreira, 65, que há 22 anos mora na cidade.
A reportagem de O TEMPO fez contato com o promotor do MPMG a frente das investigações, que informou que só irá se pronunciar após a finalização dos cumprimentos de mandados. A Polícia Civil comunicou que não está envolvida nesta operação.
Atualizada às 12h34

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