Roberto Stuckert Filho / Presidência da República
Dilma

Manifestantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) de Belo Horizonte e Região Metropolitana prometem realizar três atos em defesa da Petrobras nesta sexta-feira (13). A proposta é colocar cinco mil pessoas nas ruas para defender a imagem da empresa, desgastada diante dos desdobramentos da operação “Lava-Jato”, da Polícia Federal, com a divulgação da lista da Procuradoria Geral da República de políticos a serem investigados.
Outras bandeiras serão a defesa dos direitos dos trabalhadores e a reforma política. Protestos simultâneos ocorrerão no mesmo dia em mais 23 cidades, com o mesmo propósito.
Estão sendo programados protestos a partir das 6h em Betim, na porta da Refinaria Gabriel Passos (Regap); às 9h na Praça da Cemig, em Contagem; e às 16h na Praça Afonso Arinos, na capital, em frente à faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
“Não se trata de uma agenda para defender Dilma. Vamos defender a Petrobras, para que ela continue sendo uma empresa pública valorizada, brasileira. Vamos fazer críticas ao governo também, porque foram alterados benefícios como pensões e seguro-desemprego. É nosso papel de sindicalista questionar”, afirma o vice-presidente da CTB de Minas, José Antônio de Lacerda.
DILMA EM BH
Os movimentos irão coincidir com a vinda da presidente Dilma Rousseff (PT) a BH, para o Encontro Nacional de Presidentes dos Tribunais de Justiça.
Para evitar possíveis manifestações contra a presidente, que chegou a ser vaiada em São Paulo na última terça-feira, o evento na capital mineira será fechado. Na ocasião, de acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal, a petista fará um discurso sobre a Lei Maria da Penha, contra a violência doméstica.
O Palácio do Planalto teria orientado os sindicalistas a cancelarem os atos desta sexta-feira (13), para não acirrar os ânimos para as manifestações agendadas para o próximo domingo, contra a permanência de Dilma no poder.
Conforme um deputado do PT, que falou sob anonimato, na avaliação do Planalto, a presidente “não precisaria de defesa popular, neste momento, para não fomentar os protestos de pedido de impeachment” esperados em todo o país durante o fim de semana. Em BH, são esperadas 18 mil pessoas no protesto contra a presidente, no domingo.
Desde o início da semana, articuladores do governo têm conversado com líderes de movimentos sociais para detectar manifestações nas cidades em que Dilma pretende visitar nos próximos dias, no Rio e em Minas. O primeiro a conversar com dirigentes da central sindical foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o apelo foi reforçado pelo ministro da Secretaria Geral da Presidência, Miguel Rossetto.
O Solidariedade, partido do deputado Paulinho da Força (SP), vai lançar nesta quinta-feira (12) uma campanha pelo impeachment da presidente.
Com Agências