Jovem responderá em liberdade por homicídio doloso qualificado.
Crime aconteceu em novembro do ano passado no Regimento Mallet.
Depois de quatro meses, a Justiça mandou soltar o soldado que matou um colega com um tiro de fuzil dentro de um quartel deSanta Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul. O crime aconteceu em novembro do ano passado após a vítima ter negado um cigarro ao autor dos disparos. O jovem de 19 anos foi solto na terça-feira (10).
A Justiça entende que não há razões para ele seguir cumprindo prisão preventiva. O réu vai aguardar o julgamento em liberdade. Ele responde por homicídio doloso qualificado.
O crime ocorreu no dia 6 de novembro, durante a troca de guarda do Regimento Mallet. Conforme o Ministério Público, o acusado se dirigiu ao alojamento dos sentinelas para buscar um cigarro com o soldado. Ele respondeu que não tinha, e o réu passou a ameaçá-lo. O outro soldado apontou o fuzil e disparou contra a cabeça da vítima, que estava deitado na cama do alojamento e não teve chance de reação, conforme assinalou o promotor.
Em dezembro, o soldado foi interrogado por um conselho formado por quatro oficiais do Exército e um juiz. Ele disse em depoimento que "estava brincando" no momento do disparo. O militar ainda negou que o crime tenha ocorrido porque a vítima supostamente não quis dar um cigarro e relatou não lembrar se a arma usada estava com munição.
Ao longo da audiência, o réu detalhou que, no dia da morte, entrou no quartel simulando uma progressão militar, apontando a arma para os lados. Em seguida, segundo ele, chegou no alojamento onde estavam outros soldados e apontou o fuzil para eles.
Conforme o relato, o soldado engatilhou a arma pela primeira vez, sem êxito. Na segunda tentativa, mirou para a cabeça da vítima, que estava sentada na cama e efetuou o disparo a menos de um metro de distância.
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