sábado, 14 de março de 2015

Governo reconhece que será cobrado se radicais se infiltrarem em protestos

por Gerson Camarotti - G1

O Palácio do Planalto reconhece que as manifestações pacíficas desta sexta-feira (13) criaram um novo parâmetro para os protestos contra o governo marcados para o fim de semana. O governo sabe que será cobrado caso haja infiltração de grupos radicais, como ocorreu em junho de 2013. Na ocasião, houve dispersão com atos de violência e vandalismo. 


Nesta sexta, as manifestações promovidas pelas centrais sindicais, estudantes e MST em 24 estados defenderam as bandeiras da democracia, da Petrobras e do próprio governo. Os atos se transformaram numa declaração explícita de apoio à presidente Dilma Rousseff. 

Houve alívio no governo com o fato das manifestações terem evitado um discurso crítico ao ajuste fiscal do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Apesar do alinhamento da CUT com o PT, havia o temor de que em algum estado a manifestação fugisse ao controle. 

Mas, nas palavras de um ministro, a mobilização de sexta não demonstrou empolgação dos militantes dos movimentos sociais. “É mais difícil mobilizar a militância em favor de algo. Normalmente, o que as pessoas querem é protestar”, reconheceu esse ministro. O governo ainda teme que o ato crie um ambiente de provocação e revanche, o que pode ampliar a mobilização dos protestos contra Dilma marcados nas redes sociais para este fim de semana. 

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