sexta-feira, 20 de março de 2015

Dilma diz que ajuste fiscal vai tirar Brasil da crise 'em curto prazo'

RECUPERAÇÃO DA ECONOMIA

Em evento com sem terra e agricultores no Rio Grande do Sul, petista admitiu momento tenso e disse que desequilíbrio é momentâneo


Dilma no RS
Presidenta Dilma Rousseff durante 12ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz Ecológico, em Porto Alegre
PUBLICADO EM 20/03/15 - 14h11
Segundo a presidente Dilma Rousseff (PT), caso o ajuste fiscal seja aprovado no Congresso, o Brasil sairá da crise econômica "em curto prazo". "Temos um país equilibrado no coração, no cerne. O nosso desequilíbrio é momentâneo". E acrescentou: "Não estamos ajustando porque gostamos. O ajuste fiscal é feito para garantir a continuação do crescimento", disse durante a 12ª Abertura da Colheita do Arroz Ecológico, em Eldorado do Sul, no Rio Grande do Sul, no início da tarde desta sexta-feira (20).

Dilma admitiu que o momento pelo qual o país passa é difícil, mas afirmou, mais uma vez, que o governo fez o que pôde até o momento para evitar que a crise atingisse a população. "Nós temos vivido um momento bastante tenso no Brasil. Quero dizer com a mais absoluta sinceridade. O governo, nos últimos seis anos, tomou todas as medidas possíveis para que a crise não chegasse à população. Desoneramos uma porção de coisas. Desoneramos a cesta básica. Desoneramos a folha de pagamento. Tomamos medidas para diminuir o custo de energia no brasil. Quando o petróleo estava R$ 120, não aumentamos". E defendeu a postura econômica de seu governo e do ex-presidente Lula: "Absorvemos tudo isso. Pegamos o orçamento geral da união e embutimos tudo isso. Tudo durante seis sistemáticos anos, começando em 2009. Pois bem. Agora, não temos como continuar absorvendo tudo. Não estamos pedindo para ninguém assumir todas as responsabilidades. A cesta básica continuamos desonerando. Vamos manter. A cesta básica continua sem imposto. Mas, a desoneração da folha de pagamento de uma empresa, que antes era 1% agora é 2,5%. Não estamos acabando (com a desoneração). Estamos ajustando um pouco, porque nós não temos como assumir tudo".
Com o ajuste fiscal, a intenção é recuperar a economia. "Nosso objetivo é fazer 1,2% de superávit primário. Para fazer isso, contamos com as medidas enviadas ao Congresso", disse a presidente.
Discursando para uma plateia de sem terra e agricultores, a presidente foi aplaudida várias vezes e aproveitou para alfinetar a oposição. "Tem gente que gosta de quanto pior melhor. O que querem não me interessa."
Na manhã desta sexta-feira, Dilma inaugurou uma unidade de secagem e armazenagem de arroz em um assentamento do MST na cidade gaúcha. Ela reforçou a posição de diálogo com movimentos sociais e de humildade para "tratar como igual" qualquer pessoa com a qual esteja negociando. 

Nenhum comentário: