quinta-feira, 12 de março de 2015

Caiado pede que Ministério da Justiça proteja manifestantes contra ‘exército de Lula’

Senador acusa ex-presidente de insuflar MST para atrapalhar protestos previstos para domingo

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BRASÍLIA — Diante do que chamou de radicalização e impunidade do “exército do ex-presidente Lula e do Stédile”, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) vai encaminhar nesta quinta-feira um ofício ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, exigindo que ele garanta a integridade física de todos os brasileiros que participarem das manifestações contra a presidente Dilma Roussef no próximo domingo. Da tribuna do Senado, ele questionou o argumento usado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de que há vedação constitucional à investigação da presidente. Ele disse que ela não pode ser responsabilizada por atos fora do mandato, mas desafiou qualquer jurista a provar que não pode ser investigada.
— Essa Casa exige que o ministro da Justiça garanta à população brasileira o direito de se manifestar, de maneira ordeira e pacífica, para mostrar sua indignação contra o governo, contra esse exército do Lula, que é financiado por dinheiro público, o MST. O povo brasileiro nada tem a ver com esses assaltos sucessivos aos cofres públicos e entidades estatais — disse Caiado.
O senador acusou o ex-presidente Lula de buscar a conflagração das ruas, estimulando o MST a antecipar o “abril vermelho”, para intimidar os brasileiros que querem protestar contra o governo. Avisou que estará nas ruas com sua família e conclamou a todos os brasileiros para irem junto com familiares e amigos.
— O ex-presidente Lula vai à sede da ABI e diz: ‘não tem problema, vamos chamar o exército do Stédile para ir para as ruas’. Esse exército do Stédile e do Lula matou ontem duas pessoas e uma criança, morreram queimados. Ameaçam saquear todo o Brasil, destruíram pesquisa científica, mas contra eles não tem Guarda Nacional nem Polícia Rodoviária Federal. Os coletivos do Stédile e do Lula estão isentos como os coletivos do Chávez e do Maduro na Venezuela — discursou Caiado.
Sobre o parágrafo 4º do artigo 86 da Constituição Federal, que impede que o chefe da Nação, durante a vigência de seu mandato seja “responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções”, Caiado pondera que uma coisa é Dilma não poder ser responsabilizada, outra é ser investigada.
— Desafio qualquer jurista a provar essa tese. A investigação é que vai levar ao aprofundamento dos argumentos sobre ter ou não uma situação de impeachment. Dilma foi citada 11 vezes nas delações premiadas da Operação Lavajato, manteve a diretoria da Petrobras que a sociedade cansou de pedir para trocar. Para quê? Para dificultar provas de corrupção na empresa e repasse de recursos inclusive para a campanha dela? — questionou Caiado para rebater Janot e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
O líder do Democratas no Senado disse que a presidente, em entrevista hoje, admitiu que o País está quebrado, e quer que agora a população pague essa conta com aumento da carga tributária e o tarifaço.
— A presidente Dilma disse hoje que todas as reservas para enfrentar a crise estão esgotadas e não pode mais se comprometer com isenções fiscais. A presidente não tinha esse diagnóstico durante a campanha, quando todos os sinais apontavam para o que vivemos hoje? Agora a sociedade é quem tem que arcar com essa exaustão que aconteceu para manter o PT no poder, assaltando o bolso do cidadão brasileiro? — criticou Caiado ao falar do veto a correção de 6.5% da tabela do Imposto de Renda.


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