© Copyright British Broadcasting Corporation 2015 A indústria foi o setor com pior desempenho no PIB brasileiro em 2014, com queda de 0,1% |
A economia brasileira teve um dos piores desempenhos entre os países mais industrializados do mundo em 2014. A confirmação pelo Banco Central de que o Produto Interno Bruto brasileiro no ano passado cresceu apenas 0,1% determinou que, numa comparação com os outros 19 países do G20, apenas Itália e Japão apresentam resultados piores que o brasileiro no período.
Em 2014, a combalida economia italiana registrou encolhimento de 0,4%, ao passo que o Japão teve crescimento zero.
O desempenho brasileiro foi também ruim numa comparação com os países do grupo Brics - as maiores economias emergentes do mundo. A China cresceu 7,4%, a Índia, 7,2%. Mesmo com o impacto da queda do preço do petróleo em sua economia, a Rússia tem crescimento projetado de 0,3% (o país ainda não divulgou seus resultados para 2014).
Piora
No geral, os resultados dos países do G20 mostraram tendências de crescimento, com as principais economias da Europa apresentando recuperação. A Alemanha, depois de crescer 0,1% em 2013, pulou para 1,6% no ano passado.
O Reino Unido saltou de 1,7% para 2,6%. No geral a União Europeia teve crescimento de 1,3%, que cai para 0,9% quando apenas os países que adotam o euro como moeda são levados em consideração.
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Entre as quedas acentuadas está a Argentina: cresceu 2,9% em 2013, ritmo quase seis vezes maior que o índice de 0,5% apresentado para 2014. Mas o outro integrante do G20 na América Latina, o México, teve um desempenho mais positivo: crescimento de 2,1% depois de apresentar 1,4% em 2013.
Nos últimos meses, diversos organismos internacionais, incluindo o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI), tinham revisado para baixo suas projeções para o crescimento da economia brasileira.
Analistas internacionais basearam suas estimativas em fatores que variaram da queda no preço do petróleo, passando pela redução de demanda da China, o principal parceiro comercial do Brasil.
"Espera-se que a economia dos países latino-americanos deteriore mais em 2015 e a fragilidades financeiras cresçam. O Brasil terá o desafio de lidar com os desequilíbrios macroeconômicos e com os excessos de políticas que levaram a um situação de baixo crescimento e inflação em alta. A dinâmica de ajustes provavelmente durará até 2016", explica Alberto Ramos, chefe da Divisão de América Latina do fundo de investimentos Goldman Sachs.
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