segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Jovens negros têm risco de morte 2,2 vezes maior do que brancos em MG

DESIGUALDADE RACIAL

Indicador está abaixo da média nacional, que é de 2,5 vezes; outros dados como risco de morte por homicídio também foram levantados por estudo


Arte da favela em alta
Nascer negro no Brasil aumenta 2,5 vezes mais o risco de morte, segundo relatório
PUBLICADO EM 05/01/15 - 13h10
Nascer negro no Brasil aumenta 2,5 vezes mais o risco de morte em comparação com aqueles que são considerados como brancos, segundo levantamento do governo federal realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Em Minas Gerais, esse número chega a ser um pouco mais baixo do que a média geral, chegando a 2,2. Nos Estados que apresentam maiores índices quanto ao risco de morte dos jovens negros, Mato Grosso e o Rio de Janeiro aparecem com 2,4 e 2,3 respectivamente.
No ranking dos municípios, Belo Horizonte aparece na 177° posição, de acordo com Índice de Violência Juvenil. O indicador de desigualdade da capital mineira foi de 0,303 em 2014. No topo desta lista, a cidade pernambucana de Cabo de Santo Agostinho é o local onde os maiores índices foram encontrados.
Os números resultam do relatório do Índice de Vulnerabilidade Juvenil 2014, que deve ser apresentado oficialmente nas próximas semanas. No documento preliminar são levantados dados sobre violência e desigualdade racial, risco de morte por homicídio entre outros elementos que afetam o cotidiano dos jovens negros.
A cidade de Conselheiro Lafaiete aparece na segunda posição, entre os dez municípios que expressam melhoras mais significativas, com uma escala de vulnerabilidade baixa e IVJ - Violência (Índice de Violência Juvenil) de 0,289. A cidade mineira é a única representante do Estado. Em primeiro lugar, São Caetano do Sul, em São Paulo, aparece com as melhores taxas, em comparação dos anos de 2007 e 2012.
O estudo foi realizado com base no Datasus de 2012 (banco de dados do Sistema Único de Saúde) e mostra a comparação entre jovens de 12 a 29 anos negros (pretos e pardos) e brancos. O relatório está disponível aqui.

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