segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Governo e Educação


Eduardo Costa
Eduardo Costa
ecosta@hojeemdia.com.br

05/01/2015

Estou ansioso por novos pronunciamentos da presidente Dilma ou mesmo de seu ministro da Educação. De tudo o que vi e ouvi, durante a cerimônia de posse para mais um mandato, o que mais me interessou foi a parte que definiu o tema como o lema de seu novo governo e reafirmou o compromisso de “extirpar” a corrupção.
 
“Nosso lema será: Brasil, pátria educadora”, disse Dilma, que apontou a democratização do conhecimento como uma das metas de seu governo. Segundo ela, ao longo deste novo mandato, a área começará a receber volumes mais expressivos de recursos oriundos dos royalties do petróleo. “Vamos continuar expandindo o acesso às creches, pré-escolas para todos, garantindo o cumprimento da meta de universalizar até 2016, o acesso de todas as crianças de 4 a 5 anos à pré-escola”, relatou a presidente, que também citou avanços no Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), no Ciências sem Fronteiras e na educação em tempo integral. 
 
Tenho a isenção de quem não é pró nem contra Dilma. Sinceramente, torço para que o governo dela dê certo. E, como sempre estive convencido de que a Educação é o caminho, já votei em Cristovam Buarque, meu ídolo é Darcy Ribeiro e aprovo iniciativas petistas como o Enem, o ProUni e as cotas, preciso apenas entender melhor a fala da chefe da Nação para sair a campo defendendo suas bandeiras. A primeira delas diz respeito ao que de fato significa o enunciado do lema. Até onde consigo enxergar, a pátria somos todos nós; logo, “pátria educadora” funciona mais como campanha de conscientização do que programa de governo. Nesse caso, se ela quiser atingir logo um espectro mais amplo, de comportamento, ética, respeito aos outros, etc, a primeira providência é demitir toda a diretoria da Petrobrás, anunciar tolerância zero com a roubalheira e cortar gastos de todo o governo com hotéis de luxo, aviões, helicópteros, garçons, enfim, tudo o que não for absolutamente necessário, como se faz em casa.
 
Se ela fizer o básico, garantir a decência e liberar as verbas para o Ensino, da Educação a família brasileira trata. O difícil é acreditar na prevalência dos valores se a Dilma escolhe um engenheiro civil para ser o Ministro da Educação. Com todo respeito, senhora presidente, me ajuda a entender? 

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