segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Coronel acusado de incitar violência contra manifestantes é exonerado

ABUSO POLICIAL

De acordo com a reportagem, em trocas de mensagens por celular com outros oficiais, o coronel defendeu, durante os protestos de 2013 e 2014, o uso de armas letais nos protestos


PUBLICADO EM 05/01/15 - 13h48
O comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar fluminense, coronel Fábio Almeida de Souza, foi exonerado após reportagem da revista Veja mostrar que ele é suspeito de incitar a violência contra manifestantes. De acordo com a reportagem, em trocas de mensagens por celular com outros oficiais, o coronel defendeu, durante os protestos de 2013 e 2014, o uso de armas letais contra manifestantes.
A exoneração do cargo, que ele tinha reassumido em novembro de 2014, depois de deixar o comando da unidade em agosto de 2013, foi pedida do secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame.
Segundo Beltrame, as informações sobre as mensagens enviadas pelo coronel estavam anexadas em inquérito que investiga um atentado contra o prédio do tenente-coronel Márcio Rocha, que substituiu Souza no comando do Batalhão de Choque, em agosto de 2013.
Além de pedir a exoneração do oficial, o secretário de Segurança determinou a abertura de inquérito específico para investigar as supostas mensagens enviadas pelo coronel Fábio Almeida de Souza para outros oficiais.
“Quando soube da notícia, consultei o inquérito para ver se isso efetivamente existia. Exonerei o coronel Fábio e o deixei sem função. Fiquei horrorizado com o que consta no inquérito. Será aberto um procedimento disciplinar para que o coronel Fábio esclareça a situação e possamos fazer a devida punição”, disse Beltrame.
Chefe do Comando de Operações Especiais (COE), o coronel Wilman Rene Gonçalves Alonso assumirá interinamente. O Batalhão de Choque e o Batalhão de Policiamento de Grandes Eventos foram responsáveis pelo controle das manifestações iniciadas em junho de 2013. Em entrevista durante cerimônia de posse do secretariado estadual, Beltrame acrescentou que a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Complexo da Maré não encerrará o processo de expansão das UPPs no estado
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