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Helvécio Magalhães, Délio Malheiros e Anastasia são opções
Helvécio Magalhães, Délio Malheiros e Anastasia são opções

A um ano e dez meses das eleições municipais, Belo Horizonte já tem pelo menos nove “prefeitáveis” para a sucessão de Marcio Lacerda (PSB) em 2016. Com a chegada de Fernando Pimentel (PT) ao Palácio Tiradentes e Lacerda concluindo o segundo mandato, manter o poder na capital é fundamental para as pretensões do PSDB de Minas em nível nacional.
 
Dos nove prováveis candidatos, cinco estão alinhados ao grupo político do senador Aécio Neves (PSDB). São eles: o também senador Antonio Anastasia, os deputados tucanos João Vitor Xavier e Rodrigo de Castro, além do vice Délio Malheiros (PV) e da ex-deputada Luzia Ferreira (PPS).
 
Os demais pertencem aos quadros do PT. Helvécio Magalhães e a trinca de deputados federais Miguel Corrêa Junior, Patrus Ananias e Gabriel Guimarães são os lembrados.
 
“A disputa pela Prefeitura de BH é fundamental para as pretensões do PSDB mineiro. Se quiser ser candidato a presidente outra vez em 2018, Aécio precisa manter o controle da prefeitura da capital. Mesmo perdendo em Minas, ele obteve  uma grande votação na cidade e isso vai pesar”, analisa o sociólogo e cientista político Rudá Ricci.
 
Mesmo tendo declarado publicamente que não está empolgado com a candidatura  a prefeito, o senador tucano Antonio Anastasia é o nome dos sonhos entre os aecistas. O ex-governador, no entanto, tem dito a interlocutores que sua intenção é realizar um grande mandato no Senado.
 
Derrotada na última eleição, a ex-deputada estadual Luzia Ferreira está nos planos. Com prestígio junto a Lacerda, ela conquistou a secretaria de Governo da Prefeitura de BH. Já o vice-prefeito Délio Malheiros (PV) é considerado o sucessor natural.
 
Délio teria crédito com Aécio. Ele recuou drasticamente e aceitou ser vice de Lacerda dias após ser flagrado em um vídeo no qual refutava com veemência qualquer possibilidade de aproximação com o prefeito.
 
Pelo lado petista, quem ganhou espaço no novo governo foi Helvécio, um dos supersecretários de Pimentel. Bem articulado, assumiu a função de porta-voz. Coube a ele, por exemplo, conceder a primeira entrevista à TV que contestou a capacidade do caixa do Estado de pagar o funcionalismo. A fala repercutiu em toda Minas Gerais e gerou burburinho na nova oposição na Assembleia Legislativa.
 
Homem de confiança de Fernando Pimentel, o secretário de Planejamento teria ainda a capacidade de apaziguar os ânimos dos apoiadores dos deputados federais Miguel Corrêa Junior e Patrus Ananias. Assim como Helvécio, Miguel e Patrus conquistaram boa visibilidade no início de 2015 com a indicação deles para o primeiro escalão dos governos estadual e federal, respectivamente.
 
Apesar da carreira política meteórica, Miguel Corrêa é considerado novo para 2016. No caso de Patrus é justamente o contrário. Entre petistas, o sentimento é de que o tempo dele já passou.
 
Por fora, corre Gabriel Guimarães. Filho e herdeiro político do ex-deputado Virgílio Guimarães, Gabriel tem que conseguir viabilizar seu nome junto aos caciques do PT se quiser conquistar a candidatura.
 
De olho no comando do PSDB estadual, o deputado federal Rodrigo de Castro tem como cacife a performance eleitoral nas últimas eleições. Filho de Danilo de Castro, ex-homem forte do governo tucano, ainda conta ponto a desenvoltura do parlamentar tucano em prefeituras aliadas. Tal prestígio estaria ligado à atuação política do pai nos últimos 12 anos de gestão do PSDB à frente do governo de Minas.
 
Aliado Aécio Neves, Lacerda terá papel de protagonista no pleito. Sabedor disso, emplacou o vereador Wellington Magalhães (PTN) na presidência da Câmara Municipal. Com trajetória política polêmica, Wellington é ligado à família Castro, do deputado Rodrigo e Danilo de Castro.