sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Empresas terão que entregar 80% da velocidade contratada na banda larga

31/10/2014 16h55 - Atualizado em 31/10/2014 16h59

Exigência consta de regulamento da Anatel e vale a partir deste sábado (1º).
Agência vem elevando meta de entrega do serviço desde 2012.

Fábio AmatoDo G1, em Brasília
A partir deste sábado (1º), ficam mais rigorosos os limites mínimos da velocidade de banda larga fixa e móvel que deve ser entregue pelas operadoras aos seus clientes. Pela regra definida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), esse o mínimo passa a ser de 80% da velocidade contratada.
Isso significa que, num plano de 10 MBps (megabits por segundo), a média mensal da velocidade fornecida pela operadora deve ser de 8 MBps, no mínimo.
A regra faz parte do regulamento de Gestão da Qualidade nos serviços de Comunicação Multimídia aprovado pela Anatel e que, desde 2012, tem exigido meta de entrega da velocidade de internet das operadoras. Antes disso não havia essa obrigação, o que gerava reclamação dos consumidores.
Pelo regulamento, a partir de novembro de 2012 as operadoras foram obrigadas a entregar 60% da velocidade contratada pelo assinante. Essa taxa passou para 70% em novembro do ano passado e agora chega a 80%.

Perícia encontra 3,5 kg de metais dentro de corpo de homem na PB

31/10/2014 14h38 - Atualizado em 31/10/2014 15h09

Objetos foram encontrados durante perícia realizada pelo IPC.
Entre objetos encontrados estavam várias moedas e chaves.

Do G1 PB
Perícia foi realizada por técnicos do IPC (Foto: Kleide Teixeira/Jornal da Paraíba)Perícia foi realizada por técnicos do IPC
(Foto: Kleide Teixeira/Jornal da Paraíba)
Cerca de 3,5 quilos de metais foram encontrados por técnicos do Instituto de Polícia Científica (IPC) da Paraíba dentro do corpo de um homem de 34 anos que morreu na quinta-feira (30), no município de Caaporã, localizado na Região Metropolitana de João Pessoa. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança e Defesa Social (Seds), órgão ao qual o IPC é vinculado, entre os metais encontrados no corpo do homem estavam várias moedas e chaves.
Conforme informou a assessoria de imprensa, o corpo do homem foi liberado nesta sexta-feira (31), mas o laudo com a causa da morte ainda não foi concluído. De acordo com a assessoria, quando o corpo chegou ao IPC, os técnicos foram informados de que o homem teria sido envenenado ao ingerir folhas da planta 'comigo-ninguém-pode', entretanto, ao realizar a perícia no corpo, foi constatada a presença de mais de três quilos de metal dentro do estômago dele.
O laudo com a causa da morte deve ser concluído no prazo de dez dias. O IPC trabalha com a possibilidade da morte ter sido em decorrência do envenenamento, da ingestão de metais ou da combinação dos dois fatos. No IPC, familiares do homem informaram que desconheciam o hábito de ingerir metais e que o homem tinha problemas de saúde.

Após três quedas seguidas, dólar fecha na maior alta desde 2011

31/10/2014 17h02 - Atualizado em 31/10/2014 17h57

Após três quedas seguidas, moeda mudou de direção com resultado fiscal.
Mercado espera decisão sobre rumo da nova política econômica.

Do G1, em São Paulo

Após iniciar a sexta-feira (31) em queda, o dólar mudou de direção e fechou em forte alta. A moeda norte-americana subiu 2,94%, a R$ 2,4787 na venda. Veja cotação.

Foi a maior elevação diária desde novembro de 2011, quando, no dia 23, a moeda avançou 2,95%.

A alta desta sexta foi a primeira após três fechamentos seguidos em queda, com investidores aguardando detalhes sobre a política econômica no segundo governo de Dilma Rousseff, de acordo com a agência Reuters.

A valorização na semana foi de 0,88% e no mês, de 1,25%. No ano, há alta acumulada de 5,14%.
Variação do dólar
Moeda teve alta semanal de 0,88%
SemanaValor de fechamento2,4572,52292,4742,46842,40792,4787valor de fechamentosextasegundaterçaquartaquintasexta2,42,4252,452,4752,52,5252,55
Gráfico elaborado em 31/10/2014
Nesta manhã, foi divulgado que o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) teve déficit primário de R$ 20,399 bilhões em setembro, pior resultado da série histórica do Tesouro.
O setor público, que inclui também Estados, municípios e estatais, também registrou saldo negativo recorde, levando o governo a admitir que vai reduzir a meta para este ano.
"Assim como houve um exagero no pessimismo com a reeleição da Dilma, houve um exagero no otimismo ontem", disse à Reuters o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano.
Além da perspectiva de maiores entradas de capital no Brasil em função dos juros maiores, investidores entenderam a decisão de elevar a Selic em 0,25 ponto percentual como um sinal de que Dilma pode adotar uma postura mais favorável aos mercados.

A Bovespa também fechou em forte alta nesta sexta. O principal indicador da bolsa paulista disparou 4,38%, cotado a 54.628 pontos. Na semana, a bolsa subiu 5,18% e no mês, 0,95%. No ano, há valorização acumulada de 6,06%.

Vai faltar cadeira nos ministérios

Pastas

A presidente tem 39 pastas, que podem não ser suficientes para a lista de pedidos dos seus aliados

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Cargos. Os 39 ministérios da presidente Dilma são cobiçados pelo PT e aliados, mas a quantidade de postos é menor do que a demanda
PUBLICADO EM 31/10/14 - 04h00- O Tempo
Brasília/Rio. Com o xadrez da reforma ministerial que será feita pela presidente Dilma Rousseff ainda não montado, pelo menos uma coisa é praticamente certa: dificilmente ela conseguirá satisfazer o PT e os partidos aliados, mesmo contando com 39 ministérios. Há mais demandas do que cargos disponíveis. A petista sofre ainda pressão do empresariado e do mercado financeiro, que jogaram contra sua reeleição e gostariam de ter nomes nos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento que significassem mudanças das políticas econômicas.
O PT, incluindo as bancadas da Câmara e do Senado, quer ser ouvido na composição da nova equipe. Além do cabo de guerra entre os nove partidos que compõem a coalizão e das disputas internas nas siglas, há ainda as rixas locais. Depois de ser derrotado pelo PT para o governo do Ceará, o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, por exemplo, não está nada feliz com a perspectiva de ver seu adversário local, o governador Cid Gomes (PROS) se tornar ministro da Educação. “Vai ser a queda e o coice”, diz um peemedebista sobre a situação de Eunício.
Derrotados. Também a rondar Dilma está uma fila de políticos que perderam as eleições, ávidos para serem incorporados ao governo, mas a presidente não deve montar um ministério de derrotados, na avaliação dos próprios aliados. O PT deve fazer reuniões na próxima semana para discutir os nomes que apresentará à presidente, contemplando as diferentes tendências do partido. A Democracia Socialista (DS), por exemplo, ocupa o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) desde 2003, mas agora seu representante no governo, Miguel Rossetto, uns dos mais próximos de Dilma, está cotado para ser deslocado para a Secretaria Geral da Presidência, que faz a articulação com os movimentos sociais.
Os integrantes da DS vão discutir se aceitam trocar o Desenvolvimento Agrário por um ministério menor, sem Orçamento para executar, ou se vão considerar a eventual ida de Rossetto para a Secretaria Geral como da cota pessoal de Dilma. A equação no PMDB também passa pelo equilíbrio interno, no caso, o atendimento das bancadas da Câmara e do Senado, com seus respectivos caciques, além dos interesses do próprio vice-presidente Michel Temer. Esse último tem em sua cota o ministro Moreira Franco (Aviação Civil) e gostaria de emplacar também o deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS).
Com exceção deste ano, Padilha sempre apoiou o PSDB nas eleições presidenciais, inclusive José Serra contra Dilma em 2010. Mas neste ano ele integrou a coordenação da campanha à reeleição e teria se redimido, na opinião de peemedebistas.
Esvaziado
Trabalho. No PDT, a ideia desta vez é sair do Ministério do Trabalho. O partido avalia que a pasta foi esvaziada e deixou de ser atraente. Os pedetistas querem outro posto no governo.
Carvalho não fica e espera a presidente

Brasília.
O ministro Gilberto Carvalho voltou a dizer que não ficará na Secretaria Geral no segundo mandato de Dilma Rousseff, o que vem afirmando desde o começo do ano, mas sinalizou seu desejo de permanecer no governo em outro cargo.

Ele disse que continuará até o dia 31 de dezembro na Secretaria, mas que, depois disso, não sabe para onde vai, colocando-se à disposição de Dilma. “Nossa chefe é Dilma Rousseff. Ela sabe que pode contar comigo.”

Rei da Cachaça presta depoimento em audiência de instrução em Salinas

SOB SEGREDO DE JUSTIÇA

Testemunhas de acusação e defesa no processo que o empresário responde por tentativa de homicídio foram ouvidas no fórum do município

PUBLICADO EM 31/10/14 - 19h34
O empresário Antônio Eustáquio Rodrigues, de 64 anos, conhecido como "Rei da Cachaça", compareceu nessa quinta-feira (31) ao fórum de Salinas, no Norte de Minas,  para prestar depoimento em uma audiência de instrução em um processo no qual é acusado de tentativa de homicídio.
Conforme informações do advogado Maurício Campos, que representa o empresário, que é responsável pela maior produção de cachaça artesanal do país, o caso ocorre em segredo de justiça.
"Não podemos falar sobre o caso. No entanto, ontem (quinta) testemunhas de defesa e acusação foram ouvidas. Há algum tempo começaram a surgir alguns procedimentos contra ele. Porém, ontem ele compareceu ao fórum para uma audiência relacionada as acusações de agressão", explicou.
"Muitas pessoas se posicionaram na frente do fórum em favor do Antônio. Estavam com cartazes e gritavam frases inocentando ele. A maioria dessas pessoas foram ajudadas pelo meu cliente ao longo da vida e não se esqueceram do que ele fez. Tenho certeza que conseguiremos comprovar a inocência dele em relação a todas as acusações", encerrou.       
A audiência foi conduzida pelo juiz Leonardo Vieira Rocha, que responde pelo caso. A reportagem de O TEMPO tentou contato com o Tribunal de Justiça, por meio do telefone de Plantão, mas não conseguiu contato.
Entenda
Rodrigues é dono das marcas de cachaça Seleta, Saliboa e Boazinha, e foi preso no dia 12 de agosto, na sede da sua empresa em Salinas, sob suspeita de abusar de um menino de 14 anos e de uma menina de 15, e de tentar matar um homem de 18.
Após a prisão de Rodrigues, um adolescente de 13 anos procurou a delegacia de Salinas, no Norte de Minas, para fazer uma nova denúncia de abuso sexual contra o “rei da cachaça”. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
O empresário foi detido e encaminhado para o presídio de Pedra Azul, no Vale do Jequitinhonha. Em 20 de agosto, ele foi transferido para o Presídio de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, onde cumpre prisão preventiva. No dia 22 de agosto, o pedido de prisão domiciliar promovido pela defesa do empresário foi negado pela Justiça.  

Polícia Federal indicia Pizzolato em nove crimes cometidos na fuga

31/10/2014 17:27 - Atualizado em 31/10/2014 17:27

Agência Estado


Wikimedia/Reprodução
Henrique Pizzolato

A Polícia Federal indiciou o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato em nove crimes cometidos quando o executivo fugiu do Brasil para a Itália. Os indiciamentos são referentes ao uso de documentos falsos, em nome do seu irmão Celso Pizzolato, falecido em abril de 1978. Os crimes são falsidade ideológica, uso de documento falso. A pena para esses crimes pode variar de um a cinco anos de reclusão.

Pizzolato chegou a tirar até título de eleitor em nome do irmão morto, RG e CPF, requereu passaportes brasileiro e italiano. Ele chegou a votar com esse título falso. O ex-diretor do BB foi condenado por envolvimento no esquema do mensalão a 12 anos e 7 meses de prisão. No entanto, ele fugiu para a Itália no segundo semestre do ano passado, quando o Supremo rejeitou recursos dos condenados no mensalão. Em fevereiro deste ano, ele foi descoberto pela polícia italiana e levado para prisão de Módena. No entanto, nesta semana, a justiça italiana negou ao Brasil a extradição de Pizzolato e ele foi solto na tarde da última terça-feira.

Quem planta inflação colhe... Juro!

Depois de acusar Aécio e Marina de defenderem os interesses dos banqueiros e de querer tirar comida do prato do povo, Dilma mostra que o palanque nada tem a ver com a realidade

JOSÉ FUCS
30/10/2014 19h14 - Atualizado em 30/10/2014 22h38
Cifrão (Foto: Thinkstock/Getty Images)
A elevação dos juros pelo Banco Central apenas três dias depois da vitória do PT nas eleições é sinistra, muito sinistra. Os mais exaltados ficaram “estarrecidos“, para usar a palavra preferida pela presidente Dilma Rousseff na campanha. Falam até em estelionato eleitoral, o que, convenhamos, é um exagero.  Ainda assim, se considerarmos que Dilma fez dos juros altos uma de suas principais armas contra Aécio e também contra Marina, esse salto súbito dos juros, para 11,25% ao ano, mostra a tremenda distância que existe no Brasil entre os palanques e a realidade. Afinal, não era a oposição, segundo Dilma, que iria aumentar os juros, se ganhasse a eleição?
No primeiro turno, Dilma exorcizou Marina quando ela propôs a autonomia do Banco Central. Ela se aproveitou do fato de que Marina tinha como uma de suas principais assessoras a educadora Neca Setubal, acionista do banco Itaú, e bateu forte na candidata do PSB/Rede. Disse que, se Marina ganhasse, iria tirar a comida do prato do povo e que ela defendia os interesses dos banqueiros.  Evidentemente, era uma mentira, até porque Neca jamais exerceu qualquer função executiva no banco, mas Dilma não parecia muito preocupada com isso e sim em “desconstruir” Marina, que havia saltado na frente nas pesquisas eleitorais.
Depois, Dilma seguiu a mesma estratégia com Aécio. Desta vez, usou como vilão o economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, indicado antecipadamente por Aécio para o Ministério da Fazenda, caso ele vencesse a eleição. Como fez com Marina, Dilma afirmou que Armínio era o candidato dos banqueiros, que tinha sido responsável pela puxada dos juros no governo FHC e iria promover uma recessão para controlar a inflação. No debate da Record, no dia 19, Dilma foi mais longe, ao comentar a questão: “Vocês sempre plantaram inflação para colher juros”.
Agora, mal apurados os votos, ficou claro quem plantou inflação para colher juros. Em sua página no Facebook, a economista Monica de Bolle resgatou, ironicamente, as palavras de Dilma no debate. Depois de dar de ombros para a inflação, temendo que a alta dos juros afetasse o crescimento, anabolizado por estímulos de todos os tipos no último ano do governo Lula, Dilma teve de aprender pelo caminho mais duro aquilo que quase todo mundo do ramo já sabia:  com a inflação, não se brinca. 
Se Dilma tivesse deixado de lado a ideologia e subido os juros logo nos primeiros sinais de ebulição da inflação, talvez não precisasse elevar tanto os juros depois, como acabou acontecendo. Mas, com o PT, muitas vezes é assim. Em vez de fazer logo o que recomendam os técnicos mais respeitados do mercado, o PT primeiro tem que arrebentar a cara tentando mostrar que está certo e é dono da verdade. Só depois, quando as evidências revelam que as bruxarias heterodoxas do partido não funcionaram, é que eles voltam atrás e fazem aquilo que deveriam ter feito desde o início – sem jamais reconhecer os próprios erros, é claro. 
O problema é que a fatura tem de ser paga por todos os brasileiros – e não só aqueles que deram um voto de confiança para Dilma e o PT nas urnas, apesar de todas as falhas de gestão e evidências de corrupção ocorridas no atual governo. 
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