quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Uma opinião! Coronel Klinger Sobreira de Almeida

Via Blog da Renata


Século passado, de 64 a 79, desenrola-se um capítulo da história do Brasil.

No meio de notável desenvolvimento econômico-social, um drama pincelado em

sangue de brasileiros.

De um lado, jovens atraídos pelo proselitismo de revolucionários comunistas

treinados, na maioria, em Cuba ou China, pegam em armas e, em tresloucadas ações, criam

focos guerrilheiros urbanos e rurais, na tentativa ilusória de estabelecer uma situação caótica

que ensejasse a implantação de uma ditadura modelo maoista, ou fidelista, ou stalinista.

Assaltam, explodem bombas, sequestram e matam. Fanatizados ideologicamente, suas ações

extrapolam limites.

Do lado institucional, as Forças Armadas, apoiadas pela nação, combatem até

exterminar o poder dos insurgentes. Nessa luta sem quartel, há, de ambas as partes,

atrocidades isoladas. Ao final, vencedores, os militares dão fim, em 1979,  ao AI-5, instrumento

que lhes deu respaldo para enfrentar a guerra suja imposta pelos comunistas e outros

desviados ideológicos, e permitem o retorno e trânsito livre dos exilados, grande parte eleita

para cargos executivos e legislativos em 1982. Ainda em 1979, por exigência pública e

insistente dos vencidos, o Congresso Nacional concedeu  anistia ampla, geral e irrestrita a

todos os contendores.

Passaram-se os anos. A esquerda e os pseudo-arrependidos galgam o poder.

Distorcem a história, distribuem benesses aos terroristas e guerrilheiros do ontem  e querem

esmagar os vencedores que, em 1979, foram magnânimos.  Eles assoalham aos quatro ventos

que pegaram em armas para derrubar a ditadura militar. Não! Não é verdade. Pegaram em

armas, como a jovem Dilma Roussef, e todos intoxicados por ideologias exóticas, para impingir

em nossa pátria o modelo da ditadura do proletariado. E o pior: os ingênuos, ou os jovens que

não viveram os anos avoengos, acreditam, por força do massacre de uma mídia manipulada,

na mentira repetida insidiosamente.

O tempo passou. Sem ditadura da direita ou da esquerda, ambas condenáveis e

indesejáveis, a nação caminhou pelas décadas de 80 e 90, ingressando no século XXI em plena

e vicejante democracia. Vivemos problemas terríveis – estagnação econômica a ameaçar

conquistas sociais, corrupção vergonhosa e desenfreada que precisa ser erradicada – mas

impõe-se que o Brasil, coeso e unido em ideal e esperança, siga em frente, num rumo

ascensional, construindo no presente os alicerces do futuro. Porém um grupo de políticos e

intelectuais – vencidos de ontem, mas  magnânima e devidamente perdoados, ou seus

herdeiros ideológicos – não enxerga o porvir, só olha pelo retrovisor, baba por uma vingança.

Ontem, 10Dez, assistimos essa ficção denominada Comissão da Verdade (uma

comissão do engodo) entregar à  Sra Dilma Roussef – Presidente da República – e antiga

terrorista comunista (mas acolhida pela democracia, e perdoada!), um relatório infamante,

que investe  contra a memória de estadistas e cidadãos íntegros. Lemos, perplexos um

relatório que, escrito por mentes sincopadas, pretende reescrever a história vista por lentes de

trevas; pretende, num passe de ilusionismo, espancar qualquer sinal de luz do passado. São,

como diria o poeta Drumond, se vivo fosse: Maniqueus  cegos; onde há o mal enxergam o

bem, e onde reside o bem, veem o mal.   Além da pretensão de assassinato moral de cidadãos

de bem, a falaciosa comissão extrapola e sugere destruir instituições como as Polícias

Militares, algumas bisseculares, autênticas barreiras de proteção social e preservação de

 Diante de tanta falcatrua em relação à história, não podemos silenciar.

 Na verdade, a clã dos insensatos, acolhida pelos ingênuos ou de má-fé, nos ofereceu

um apoteótico espetáculo de cinismo, que a história guardará no baú dos dejetos.

*Militar estadual da reserva, escritor, membro da Academia de Letras João Guimarães

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