sábado, 6 de dezembro de 2014

Preços de serviços dão sinais de queda após quatro anos de altas

2014

Transporte escolar, que subiu 10,3% em 2013, agora aumentou 6,3, segundo a FGV

ULTIMA SEMANA PARA VISTORIA DE ESCOLARES NA BHTRANS
Trégua. Serviço de transporte escolar é exemplo de menor alta
PUBLICADO EM 06/12/14 - 21h30 - O Tempo
Um das grandes fontes de pressão sobre a inflação, os serviços começam finalmente a dar sinais de trégua. Depois de quatro anos seguidos de aceleração, e momentos em que os preços de alimentação fora de casa, consultas médicas e entretenimento estiveram completamente descolados do ritmo da economia – como em 2011, quando o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1%, e os preços dos serviços, quase 9% – agora eles mostram os primeiros efeitos da desaceleração da renda, da retração do consumo e do PIB quase estagnado.

Neste ano, os preços de serviços ficarão em 8%, pela estimativa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). Para o ano que vem, a aposta é que o movimento continuará, com a alta dos serviços ficando em 7,5%, ou até menos.
Nos últimos 12 meses, os serviços subiram 8,28%. Já a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), até novembro, estava em 6,56%.
Levantamento do Ibre mostra que não só a inflação dos serviços perdeu fôlego, na média, como também encolheu a parcela desses itens cujos preços subiram mais de 9%. Em meados do ano passado, ápice da alta nos preços de serviços, 70% subiam em ritmo superior ao teto da meta. Agora, 60% estão acima da meta – menor percentual desde setembro de 2012.
Transporte escolar, por exemplo, que avançou em meados de 2013 10,3%, agora sobe 6,3%. Já limpeza de carro, que no final de 2013 subia 12%, agora viu essa alta cair à metade.
Ajuste na inflação já começou

RIO DE JANEIRO.
 “É algo para se comemorar, claro que com cautela, mas mostra que o ajuste na inflação já começou. Esse processo veio para ficar e é necessário para trazer a inflação mais perto de 4,5% em 2017”, afirma Silvia Matos, coordenadora do Ibre, da Fundação Getulio Vargas. Mas ainda são muitos os serviços que compõem um núcleo mais resistente. Caso da refeição fora, que sobe cerca de 9,5% há vários meses. Também continuam sob pressão os serviços de manicure, ensino privado e plano de saúde.

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