quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Pimentel reúne ‘independentes’ para garantir apoio

ALVOS

Encontro com deputados de siglas como PV e PSB aconteceu nesta quarta


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ALMG. Após encontro de Pimentel com independentes, atual oposição conseguiu derrubar quórum
PUBLICADO EM 11/12/14 - 04h00
Um dia depois de reunir quase 30 deputados aliados em uma sala no Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), o governador eleito Fernando Pimentel (PT) se encontrou, na manhã desta quarta, com parlamentares considerados “independentes” para pedir apoio no próximo governo.


Compareceram ao encontro cerca de dez deputados estaduais. “Uns até bastante fieis ao governo atual. Até ex-secretário estava lá”, afirmou um cacique petista. Lideranças de partidos como o PV (do ex-secretário de Turismo Agostinho Patrus) e o PSB (do ex-secretário de Desenvolvimento Social Wander Borges) estavam em maior número. Juntas, as duas legendas elegeram sete deputados. Outro partido que está na mira de Pimentel é o PTB, que elegeu outros quatro.

As três legendas estiveram alinhados ao governo do PSDB em Minas nos últimos 12 anos, o que parece não ser problema para os petistas. “Ele (Pimentel) disse que gostaria que esses deputados o apoiassem, independentemente de quem apoiaram nos últimos anos”, contou o deputado Durval Ângelo (PT), cotado para assumir a liderança de governo na Assembleia na próxima legislatura.

Os cinco partidos que compuseram a coligação que elegeu o petista em primeiro turno nas eleições deste ano somam 26 parlamentares eleitos, 13 a menos que a maioria simples necessária para a aprovação de matérias do interesse do Poder Executivo.

Pimentel já atraiu o PR – que fez três cadeiras – com a nomeação do deputado federal Bernardo Santana para a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) e negocia também com o PSD. Na terça-feira, o deputado Fábio Cherem, um dos quatro eleitos pela legenda, se reuniu com a base do petista.

Assembleia. Durval Ângelo afirmou que as conversas visam o futuro e que Pimentel não tem feito pedidos com relação à pauta de votações do Legislativo. Recheada de projetos polêmicos e que podem afetar diretamente o caixa do governo a partir de janeiro, a atual oposição tenta empurrar a pauta para a próxima legislatura, quando poderá ter a maioria na Casa.

“Se a reunião com a bancada dos independentes influenciou no andamento dos trabalhos da Casa ou não, fato é que ganhamos mais força na sessão da tarde, depois do encontro. Conseguimos suspender a sessão por volta das três e meia da tarde”, disse o petista.

A bancada de oposição decidiu manter a obstrução aos projetos do governo que estão na pauta e só admite votar o texto original do PL que reduz a tributação para os produtores de etanol. Após aprovação em primeiro turno, a proposta ganhou seis emendas, que, se aprovadas, podem onerar as contas. Dentre elas está uma lista com 33 itens que também podem ter seus tributos, em parte, desonerados.
Orçamento
Duodécimo. 
Com o impasse na ALMG, é possível que a votação do Orçamento de 2015 fique para o ano que vem. Assim, Pimentel só poderia gastar a média da arrecadação mensal do atual governo.
Em pauta
PEC 63. 
Conhecida como PEC do Orçamento Impositivo, aumenta gradualmente de R$ 1,5 milhão para R$ 7,5 milhões o valor das emendas para cada deputado.

PEC 69. Efetiva 68 mil servidores afetados pela Lei 100.

PL 5.494/2013. Reduz de 19% para 14% a carga tributária sobre o etanol. Seis emendas incluídas no projeto afetariam as contas do próximo governo.

PL 5.592/2014. Aumenta em 4,62% os salários de servidores. Tramita nas comissões.
 

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