sábado, 20 de dezembro de 2014

Oposição diz que crise no governo será arrastada para o Congresso

Para o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), a citação de políticos desgasta a imagem do Parlamento



 postado em 20/12/2014 06:00 / atualizado em 20/12/2014 07:19
Brasília – A oposição defendeu ontem o aprofundamento das investigações sobre o envolvimento de políticos nos desvios de corrupção da Petrobras e avalia que, agora, a crise fica dentro do Congresso. Para o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), a citação de políticos desgasta a imagem do Parlamento e traz a crise para o novo Legislativo, que tomará posse em fevereiro aguardando a confirmação de parlamentares envolvidos no escândalo. O PSDB afirmou que as investigações precisam ocorrer “independentemente da filiação partidária”. Por sua vez, peemedebistas reunidos em um almoço de apoio à candidatura do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara cobraram acesso à delação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa para que a defesa possa ser feita.

Costa citou 28 políticos em depoimento de delação premiada, entre eles o ex-ministro Antonio Palocci (PT), que ocupou a Esplanada nos governos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT). De acordo com reportagem publicada na edição de ontem do jornal O Estado de S.Paulo, Palocci teria pedido, em 2010, R$ 2 milhões para a disputa presidencial. Na época, o petista coordenava a campanha de Dilma.

Também estão na lista os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, e ex-ministros Gleisi Hoffmann e Mário Negromonte. O líder do PT no Senado, Humberto Costa, também foi mencionado.

A lista traz nomes que não haviam sido citados até o momento, como do governador reeleito do Acre, Tião Viana (PT), e dos deputados Vander Luiz Loubet (PT-MS), Alexandre dos Santos (PMDB-RJ), Luiz Fernando Faria (PP-MG) e José Otávio Germano (PP-RS). Foram mencionados sete senadores e 11 deputados. Ao todo, são oito políticos do PMDB, 10 do PP, oito do PT, um do PSB e um do PSDB, o ex-presidente do partido Sérgio Guerra, que morreu em março .

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