quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Tipos sanguíneos são sempre "A", "B", "O" ou "Rh"? Pois saiba que existem mais de 33 padrões

Bancos de sangue com marcadores raros chegam a pagar passagens aéreas e vistos de imigração para doadores

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Pessoas com sangues raros podem receber passagens aéreas e até vistos de imigração para fazerem doações Foto: Agência O Globo

RIO - Todos aprendemos na escola que nossos tipos sanguíneos são divididos em duas escalas importantes, a -ABO e a Rh. São delas que vemos sangues classificados como “O+” ou “A-”, comum na grande maioria dos seres humanos. Mas e se, ao preencher formulário para doação, alguém te disesse que você é um "Duffy negativo"? Ou um “Diego b negativo”? Ou um “Bombay”?


Muitos não sabem, mas a Sociedade Internacional de Transfusão Sanguínea reconhece 33 sistemas sanguíneos, totalizando cerca de 300 marcadores que podem ser positivo ou negativo sobre a superfície das nossas células vermelhas. Desses, 190 têm alta incidência entre seres humanos. Ou seja, há uma infinidade tipos espalhados pelo mundo em poquíssimas pessoas.
E os marcadores podem se combinar. Uma pessoa, por exemplo, pode ser, ao mesmo tempo, "O +" e "Tja-", mas também "VEL-" "Fy (a-b +)", "Lu (a + b +)".
Ter um sangue raro pode ser bom e ruim ao mesmo tempo. Bom porque a pessoa pode participar de bancos restritos de doadores e receber regalias, como passagens aéreas e até vistos para determinados países. O fenótipo Bombay é muito raro em geral, mas em menor grau na Índia, onde foi descoberto em 1952.
Ruim porque pessoas com sangue raro têm problemas de achar doadores compatíveis, além de enfrentar eventuais complicações na gravidez. Se uma mulher é "JRA negativo” e não sabe, a primeira vez que ela engravidar ou receber sangue “JRA positiva”, que é comum, nada acontece. Mas a mulher poderá gerar anticorpos anti-JRA da próxima vez que receber transfusão, tendo resultados adversos em seu corpo.

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