sábado, 25 de outubro de 2014

Resultados divergentes em pesquisas são postos em xeque

25/10/2014 08:00 - Atualizado em 25/10/2014 08:00

Hoje em Dia




A pesquisa Sensus apresenta resultados totalmente diversos do que foi apontado pelas últimas apurações divulgadas pelo Ibope e o Datafolha, na última quinta-feira (23). De acordo com o Datafolha, a presidente Dilma aparece com 6 pontos porcentuais de vantagem, somando 53% dos votos válidos, contra 47% de Aécio.

Para o coordenador da campanha tucana em Minas, o ex-secretário de Estado Nárcio Rodrigues, o dados geram “desconfiança” em relação aos institutos. “Os institutos aproveitaram as últimas eleições para desmoralizarem as previsões que fizeram”, disse, lembrando que as pesquisas na primeira etapa do pleito apresentaram grande discrepância do que foi verificado nas urnas.
No sábado, dia 4 de outubro, véspera da votação em primeiro turno, Aécio aparecia com 24% das intenções de voto, segundo o Datafolha e o Ibope e 20,6% de acordo com o Sensus. Entretanto, as urnas deram a Aécio 33,55% dos votos.
“O cenário político que a gente vê é de um país dividido e acredito que as pesquisas estão sendo usadas como instrumento de indução e não de reflexão para o eleitor”, critica.
Para Nárcio, “ou o eleitor não está cantando a verdade durante as pesquisas ou os resultados estão sendo manipulados a serviço de interesses”. Segundo ele, essas duas possibilidades devem ser averiguadas. Contudo, o tucano diz que o Sensus tem tido uma “certa coerência” e captado as tendências. De acordo com o ex-secretário, as pesquisas internas do PSDB apontam 5 pontos percentuais de vantagem para Aécio.
O deputado Odair Cunha, presidente do PT mineiro, coloca em suspeição os números apresentados pelo Sensus. “O instituto terá que prestar esclarecimentos a seus contratantes. Tudo aponta a vantagem da Dilma”, comenta.
O deputado Gabriel Guimarães (PT) tem a mesma opinião. “Prefiro comentar (resultado do Sensus) não comparando com outros institutos, mas com as urnas”, disse. O petista falou ainda que independentemente dos resultados, cada pesquisa só os “estimula” a trabalhar.
“Acredito que teremos um resultado muito positivo no domingo, sobretudo porque a militância está nas ruas e a população compreendeu que o país avançou nos últimos anos”, comenta.
“Algum desses institutos está errando na metodologia”, diz o cientista político Paulo Roberto Figueira. Segundo ele, o conjunto de pesquisas deste segundo turno oferecem um indicativo de tendência de alta para Dilma. “Datafolha, Ibope, Vox Populi e MDA em todas as sondagens apontaram empate técnico entre os dois candidatos, com ligeira vantagem numérica para um ou outro. Mas eles apresentam curva de crescimento de Dilma e decréscimo de Aécio, o que quer dizer que ela adquiriu favoritismo, o que não é certeza”.
O Ibope revelou números bem semelhantes, com a petista agregando 54% das intenções de voto, sobre 46% do tucano, 8 pontos percentuais à frente.

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