segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Presidente do TSE diz que "selfies" na votação devem ser investigadas

05/10/2014 18:30 - Atualizado em 05/10/2014 18:30

Agências Brasil e Folhapress


Internet/Reprodução
Eleitores usaram seus smartphones para registrar a votação

Selfie na Urna O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Dias Toffoli disse neste domingo (5) que o tribunal precisará investigar os casos de eleitores tirando fotos das urnas eletrônicas em que votam. A prática é proibida pela legislação eleitoral.
Segundo o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), a preocupação da Justiça Eleitoral não está ligada à "vaidade" dos eleitores, mas à possibilidade do registrarem seu voto por algum tipo de coação ou como prova para a venda do sufrágio.
"O que mais preocupa não é a vaidade, é aquela situação em que a pessoa é coagida a levar um elemento de prova a quem a coagiu para mostrar que ela votou. Por isso a Justiça não deixa levar máquina fotográfica (...) uma 'selfie' é mais vaidade, mas analisaremos e aprimoraremos as maneiras de fazer esse controle", disse.
  O texto da Lei das Eleições diz que, na cabine eleitoral, "é proibido ao eleitor portar aparelho de telefonia celular, máquinas fotográficas, filmadoras, equipamento de radiocomunicação ou qualquer instrumento que possa comprometer o sigilo do voto" Segundo a lei, os aparelhos devem "ficar retidos na Mesa Receptora enquanto o eleitor estiver votando".
Eleitores ignoram proibição
Muitos eleitores que já foram às urnas usaram os smartphones para tirar selfies no momento da votação e postaram as fotos nas redes sociais, prática proibida pela legislação eleitoral. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quem desrespeitar a norma do sigilo do voto está sujeito a pena de até dois anos de detenção.
Muitos postaram, em seus perfis nas redes sociais, imagens das urnas eletrônicas que mostravam os números que digitaram, as fotos dos candidatos e a tecla verde de Confirma. Selfies mostrando a conclusão da votação, com a urna e a palavra Fim ao fundo, também foram feitos pelos internautas. No Instagram, até um pequeno vídeo foi postado, mostrando desde o momento em que o número do candidato a presidente foi pressionado até a confirmação do voto.
Até uma página foi criada para monitorar e ironizar as pessoas que tiraram fotos de dentro das cabines. Com as hastags #selfienaurna, #eleicoes, #urna, e até a grafia errada #selfnaurna, alguns receberam conselhos de amigos depois dos selfies, informando que a conduta poderia ser considerada crime, e acabaram deletando as postagens.

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