29/10/2014 07:50 - Atualizado em 29/10/2014 07:50
Lucas Prates - Hoje em dia
VAZIA – Foi pequeno o quórum da reunião Ordinária da tarde dessa terça-feira na Assembleia
A partir do dia 1º de janeiro, quando Fernando Pimentel (PT) iniciar o
seu governo, começará a contar um prazo de 100 dias de trégua com
deputados da oposição na Assembleia Legislativa. Segundo Gustavo
Valadares (PSDB), que defendeu esse prazo nessa terça-feira (28) em
plenário, nesse período o petista terá tempo suficiente para organizar
seu governo e estudar como fará para cumprir as promessas de campanha,
em especial duas delas: a diminuição do preço da energia elétrica e o
aumento do salário dos servidores da educação.
“Vamos aguardar o projeto de lei para a redução da tarifa da energia.
Só é possível com a diminuição do ICMS (Imposto sobre a Circulação de
Mercadorias e sobre Serviços). Mas aí é preciso saber onde ele vai
buscar o dinheiro para não comprometer as contas públicas”, argumentou.
O outro projeto de lei que Gustavo Valadares irá cobrar do Poder
Executivo é o que irá prever o aumento do salário dos professores da
rede estadual de ensino. O prazo dado por Valadares vence no dia 10 de
abril. Segundo ele, a partir de então a postura do bloco, que atualmente
é situação e no ano que vem será de oposição, será de um trabalho
construtivo e de cobrança. Mas ainda não está definido como exatamente
isso será feito.
Definição
Nos próximos dias os deputados dos partidos que atualmente estão
alinhados com o governo do estado deverão fazer uma reunião de bancada
para definir como farão oposição no ano que vem, já que estão
acostumados a apoiar as decisões do poder executivo há 12 anos
consecutivos.
Dos 77 deputados estadual eleitos, 51 representam partidos que
atualmente compõem com o governo do PSDB e outros 26 representam a base
de Pimentel. Mas, para conseguir aprovar projetos de seu interesse, sem
depender de acordos com os opositores, Pimentel precisará de pelo menos
39 deputados, de acordo com o deputado André Quintão (PT), reeleito para
seu quarto mandato.
Na avaliação do deputado João Vitor Xavier (PSDB), Pimentel deve
conseguir atrair deputados para sua base e não deverá ter problemas para
governar o Estado. “A tendência é que ele componha com a maioria da
casa. Mas nós vamos fazer uma oposição responsável. É claro que o que
for de interesse da população de Minas a casa irá apoiá-lo. O que não
for bom para o Estado, para os servidores, nós vamos fazer nosso papel
de oposição”, avaliou.
Nessa terça-feira, no primeiro dia útil de funcionamento da Assembleia
Legislativa após o segundo turno das eleições presidenciais, poucos
deputados marcaram presença.
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