30/10/2014 08:16 - Atualizado em 30/10/2014 08:16
Com 26 dos deputados eleitos em sua base de governo, o futuro
governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), terá que conseguir
pelo menos mais 13 para ter maioria na Assembleia Legislativa.
Enquanto o articulador político do novo governo não chama as legendas
para uma conversa, algumas delas decidiram reunir-se para apontar um
viés. É o caso do PDT. De acordo com o deputado estadual Sargento
Rodrigues, representantes do partido devem se encontrar nesta
quinta-feira (30) para discutir o assunto. Mesma posição disse ter o PV
de Agostinho Patrus Filho. “Vamos nos reunir para decidir”, afirmou.
Segundo o deputado Ulysses Gomes (PT), não será difícil atrair as
siglas. “Os partidos que se alinham com o governo na esfera federal, mas
não estiveram conosco durante a campanha eleitoral para o governo de
Minas, devem estar conosco agora. Isso nos garante maioria na Casa”,
comenta. Dentre estas legendas estão o PP, PDT, PR e PSD.
Reunião
Nessa quarta-feira (29), os deputados do PSDB fizeram uma primeira
reunião pós-eleições. Segundo o líder do governo, deputado Luiz Humberto
Carneiro (PSDB), o encontro teve o objetivo de “manter a unidade do
grupo”. “Recebemos os novos parlamentares e falamos com o pessoal que
perdeu a eleição, para dar um consolo”, afirmou.
A reunião não avançou nas discussões sobre as negociações em relação a
pauta de votação no plenário. Entretanto, o deputado afirmou que os
projetos que são de interesse da atual gestão serão votados ainda este
ano, se referindo, por exemplo, às PECs 63 e 69.
“Nós temos interesse em alguns projetos e vamos votar. A gente está
buscando o entendimento. Se não tiver consenso e atrasar muito, ficamos
sem orçamento para o ano que vem”. Antes de encerrar a legislatura, os
deputados devem votar a Lei Orçamentária Anual (LOA), que estabelece as
despesas e as receitas que serão realizadas no próximo ano.
Segundo o deputado Ulysses Gomes (PT), essa semana pós-eleição está
sendo “muito difícil” para negociações. “A base de apoio do candidato
derrotado ainda está assimilando a situação. Iniciamos o diálogo para
sinalizar a abertura, mas nada concreto. Respeitamos esse momento”,
disse.
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