segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Guerrilha ameaça matar refém brasileiro no Paraguai

POLICIAL CAPTURADO

Termina na próxima terça-feira, dia 14, o prazo estabelecido pelo grupo guerrilheiro Exército do Povo Paraguaio (EPP) para a troca do refém Edelio Morínigo, 25 anos


PUBLICADO EM 13/10/14 - 15h24
O Paraguai vive dias de tensão. Termina na próxima terça-feira, dia 14, o prazo estabelecido pelo grupo guerrilheiro Exército do Povo Paraguaio (EPP) para a troca do refém Edelio Morínigo, 25 anos, um policial capturado no dia 5 de julho, por seis integrantes da guerrilha que estão presos em Assunção, acusados de terrorismo, sequestros, extorsão e assassinato. O governo do presidente Horacio Cartes diz que "não negocia com criminosos" e se nega a libertar epepistas.
As exigências da guerrilha foram feitas por meio de uma carta recebida, no dia 29 de setembro, pela família do refém, em Arroyito, distrito de Horqueta, departamento de Concepción, ao norte de Assunção. Na carta, datilografada e com a data limite para a troca - 14 de outubro - escrita à mão, o EPP ameaça executar Morínigo. O policial é considerado pelos guerrilheiros como "prisioneiro de guerra". O documento foi divulgado pela imprensa paraguaia.
Morínigo é o segundo refém levado pela guerrilha desde abril, quando um grupo de epepistas sequestrou Arlan Fick, então com 16 anos, filho do agricultor brasileiro Alcido Fick, morador de Paso Tuya, na região de Azotey, também em Concepción. No último dia 3 de outubro, seis meses depois do desaparecimento, Arlan completou 17 anos. A família Fick afirmou que pagou um resgate de US$ 500 mil em 12 de abril, mais US$ 50 mil em mercadorias distribuídas nas comunidades de Nueva Fortuna e Arroyito.
Nestas duas localidades moravam os dois guerrilheiros que morreram durante o tiroteio travado com uma patrulha da polícia paraguaia na noite do dia 2 de abril. Na fuga, os guerrilheiros levaram Arlan. Um policial também morreu no confronto. Na mesma noite, os guerrilheiros exigiram da família o pagamento do resgate, feito dez dias depois.
Agência Estado

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