O Poder Público anunciou nova política nacional de segurança cibernética e a formação de uma escola nacional de defesa.
Durante a quinta edição do Security Leaders – Congresso, Exposição e
Premiação de Líderes e Profissionais de Segurança da Informação e Risco,
realizado em São Paulo, representantes do Exército, Polícia Federal e
governo revelaram a criação de uma política nacional de segurança
cibernética e a formação da escola nacional de defesa cibernética.
Raphael Mandarino Jr. (chefe da Divisão de Segurança do Gabinete de
Segurança Institucional-GSI, da Presidência da República), Carlos Sobral
(delegado de Crimes Eletrônicos da Polícia Federal), Paulo Sérgio Melo
de Carvalho (general de Divisão e chefe do CDCiber – Centro de Defesa
Cibernética do Exército Nacional) e Emerson Wendt, delegado da Polícia
Civil do Rio Grande do Sul fizeram o anúncio.
Sobral, da Polícia Federal, ressaltou a necessidade do Brasil avançar
na estratégia nacional de segurança cibernética. “No campo normativo e
estrutural tivemos avanços nos últimos anos, mas agora, é preciso
formular e implantar essa política nacional, em médio prazo, com a
participação do setor público e privado”.
Na visão de Mandarino Jr, do GSI, o momento é propício para a
iniciativa, aproveitando o êxito do trabalho promovido em grandes
eventos, realizados no Brasil nos últimos anos, como a Rio+20 (2012),
Jornada Mundial da Juventude (2013), Copa das Confederações (2013) e
Copa do Mundo (2014).
O general Carvalho afirmou que a Universidade de Brasília (UnB) está
elaborando o projeto executivo da escola nacional de defesa cibernética.
“Pensamos em quatro pontos fundamentais. Sensibilizar e conscientizar a
sociedade e formar e especializar profissionais na área”.
Na opinião de Mandarino Jr., do GSI, a criação dessa escola nacional é
vital. “Hoje, a maior fragilidade nas questões de defesa cibernética é a
capacitação de pessoas. Os ataques se multiplicam por causa da
deficiência nessa capacitação”.
Para Wendt, da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, o usuário precisa
ser educado ciberneticamente. Todos concordaram que esse tipo de
problema cresce, a partir do momento que o acesso à Internet também se
torna mais fácil. “É muito bom que mais pessoas tenham acesso à web, mas
é fundamental combater as dificuldades que surgem disso, com soluções
cada vez mais rápidas”, explica Sobral.
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