quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Disputa por esmeralda gigante de US$ 372 mi pode estar perto do fim

16/10/2014 08h08 - Atualizado em 16/10/2014 08h08

Pelo menos cinco pessoas reclamam propriedade da pedra de 360 kg.
Um dos requerentes foi eliminado do processo nesta terça (14), nos EUA.

Do G1, em São Paulo
Esmeralda gigante encontrada na Bahia e disputada nos EUA (Foto: AP) 
Esmeralda gigante encontrada na Bahia e disputada nos EUA (Foto: AP)
A disputa na Justiça de Los Angeles pela posse de uma esmeralda gigante descoberta na Bahia pode estar mais próxima de uma solução. A pedra de 360 kg, um dos maiores minérios preciosos já escavados do mundo, é avaliada em US$ 372 milhões. pelo menos cinco partes reclamam a sua propriedade.
Nesta terça-feira (14), um juiz eliminou do processo o comerciante de gemas Mark Downie, um dos homens que reivindicam a propriedade da esmeralda. Downie foi o segundo requerente a ser eliminado pela corte superior de Los Angeles. O juiz considerou a alegação de Downie não era crível.
Uma das partes do processo, Anthony Thomas, diz que comprou-a por US$ 60 mil de um negociante de pedras preciosas na Bahia pouco após ela ser descoberta, em 2001.
Thomas alega que, após fazer os devidos acertos para despachá-la para os Estados Unidos, foi enganado e levado a crer que a esmeralda fora roubada.
Segundo o site Courthouse News Service, há pelo menos duas outras versões para o que ocorreu com a peça.
Uma delas é mantida pelo negociante de jóias Ken Conetto, de San José, na Califórnia, que alega ter acertado com os proprietários originais da esmeralda, Élson Alves Ribeiro e seu sócio Ruy Saraiva, a responsabilidade por vender a pedra nos EUA. O lucro seria dividido entre os envolvidos no negócio.
Segundo o "Wall Street Journal", em reportagem de 2010, a peça foi enviada em 2005 para Conetto em San José. De lá, ele enviou a gema para Nova Orleans, onde julgava ter encontrado um comprador.
No entanto, o furacão Katrina inundou o galpão onde a gema estava guardada e a venda nunca foi concluída.
Outra parte no processo alega ter recebido a gema de um negociante como garantia para uma operação de venda de diamantes pagos e nunca recebidos. Para saldar o negócio, ele teria retirado a pedra do depósito em que ela estava guardada e tentava vendê-la quando a polícia entrou no caso.
Uma foto divulgada em 2008 pelo xerife de Los Angeles mostra a pedra bruta, negra, da qual saem grossos cilindros verdes. Especialistas dizem que minerais como esse, em estado bruto, são extremamente raros.
O juiz do Superior Tribunal de Justiça de Los Angeles, John A. Kronstadt, disse, em 2010, que tomaria a decisão sobre a propriedade da pedra apenas depois de avaliar uma a uma as alegações de propriedade da esmeralda baiana.

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