terça-feira, 28 de outubro de 2014

Dilma terá de reconquistar investidores, diz Instituto Internacional de Finanças

 por Agência Estado em Jornalismo / Atualizado 

A presidente reeleita, Dilma Rousseff, terá de reconquistar a confiança dos investidores e consumidores e criar um ambiente mais favorável ao crescimento econômico, afirmou o Instituto Internacional de Finanças (IIF, na sigla em inglês), formado pelos maiores bancos do mundo, ao avaliar as eleições brasileiras.
"Isso requer uma mudança na direção da política econômica para longe da intervenção do Estado na economia", informa um documento do IIF.

O instituto, com sede em Washington, sugere a adoção de um política fiscal mais dura por Brasília. Outra recomendação é de que o banco central brasileiro seja mais independente para conduzir a política monetária.
"Recuperar a confiança pode ser uma batalha difícil para o segundo governo Dilma", segundo o documento do IIF, destacando que empresários culpam a presidente pela situação atual da atividade econômica brasileira, desaquecida e sem investimentos.
O Brasil, de acordo com o IIF, está preso em um ambiente de crescimento abaixo do potencial e com inflação alta. Recentemente, o IIF rebaixou suas previsões para a alta do Produto Interno do Bruto (PIB) do país em 2014 e 2015.
Para este ano, a instituição espera um avanço de apenas 0,1%, um dos menores patamares entre os principais países emergentes. Para o ano que vem, a previsão é de expansão de 1,1%.
Caso o candidato do PSDB, Aécio Neves, tivesse ganhado nas urnas no domingo (26), o IIF avalia que os índices de confiança de empresários e consumidores já melhorariam, tornando mais fácil para o tucano ajustar a política econômica e recuperar o crescimento.
No começo de outubro, em uma outra análise sobre o Brasil, o IIF afirmou que os investidores estrangeiros estão esperançosos por mudanças após as eleições. Se Dilma falhar em adotar uma política econômica mais amigável ao mercado e que reaqueça a atividade, a paciência dos investidores pode ser colocada em cheque e o Brasil ficará mais vulnerável ao aumento da aversão do risco que paira na economia global.
Foto: Ichiro Guerra/Dilma 13

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