quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Crescimento do comércio de BH é o menor em cinco anos

16/10/2014 08:01 - Atualizado em 16/10/2014 08:01

Raul Mariano - Hoje em Dia


Carlos Rhienck 15/10/2014
Crescimento do comércio de BH é o menor em cinco anos
VENDAS – No Dia das Crianças, o varejo de produtos infantis também registrou um desempenho morno
O comércio de Belo Horizonte apresentou o menor crescimento no acumulado entre janeiro e agosto (1,63%) na comparação com os últimos cinco anos. O mau desempenho registrado reflete o impacto da inflação e da alta taxa de juros sobre a renda das famílias.
Os dados são do termômetro de vendas da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) e apontam enfraquecimento na demanda por bens e serviços nesse período.
A economista da CDL-BH, Ana Paula Bastos, explica que houve aumento do custo de vida da população, o que reduziu o poder de compra das pessoas.
“Muitas parcelas que foram feitas pelo consumidor em um momento de maior folga hoje estão pesando mais no bolso devido à inflação”, comenta.
Na comparação com o mês de julho, as vendas do comércio registram alta de 1,12%, refletindo a retomada do ritmo normal de trabalho na economia, depois do período de férias escolares e Dia dos Pais.
No acumulado dos oito primeiros meses do ano, os supermercados e produtos alimentícios foram os que apresentaram maior crescimento (+5,75%), seguidos pelos tecidos, vestuário, armarinho e calçados (+3,37%); máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (+1,2%).
Já na comparação de agosto deste ano com o mesmo mês do ano anterior, o maior crescimento foi do setor de automóveis novos e usados (+2,22%), seguido pelas papelarias e livrarias (+1,85%).
Por outro lado, as quedas no mesmo período de comparação ficaram com produtos farmacêuticos (-2,98%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-0,75%) e ferragens, material elétrico e de construção (-0,98%).
Expectativas
Comerciantes não têm percebido retomada nas vendas a partir de setembro, mas ainda acreditam que o período natalino será uma boa oportunidade para recuperar o ritmo.
O proprietário da loja de roupas infantis Tip Top, Vanil Gonçalves, comenta que o Dia das Crianças não trouxe ganhos significativos ao faturamento, como era esperado.
“Apesar de outubro ter sido um mês como outro qualquer, acreditamos que no Natal vamos conseguir vender pelo menos 30% a mais do que o ano passado”, comenta o empresário.

Crescimento do comércio de BH é o menor em cinco anos

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