quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Cientistas afirmam que orgasmo vaginal e ponto G não existem

Ponto G, o mito: nova pesquisa descarta existência da zona erógena Foto: Matthew Plexman / Radius Images
Segundo pesquisa, o clitóris é o grande responsável pelo prazer feminino
O GLOBO
Publicado:
8/10/14 - 15h13
Atualizado:
8/10/14 - 16h01

Ponto G, o mito: nova pesquisa descarta existência da zona erógena
MATTHEW PLEXMAN / RADIUS IMAGES
RIO — Por anos, as mulheres consumiram manuais e artigos que a diziam como encontrar o ponto G. Agora, porém, elas podem declarar as buscas encerradas: de acordo com um artigo do “Journal of Sexual Medicine ”, tal ponto da anatomia jamais existiu. Os cientistas ainda vão além: segundo eles, também não existiriam orgasmos vaginais. Ao invés disso, o clitóris seria o grande responsável pelo prazer feminino, assim como os pequenos lábios.
De acordo com o sexologista Vincenzo Puppo, co-autor do artigo, a pesquisa prova que, em uma relação heterossexual, a ejaculação não deve significar o fim do sexo para o casal.
“Carícias e beijos podem continuar quase indefinidamente, e sexo sem coito após a ejaculação pode ser usado para gerar um orgasmo na mulher”, contou o pesquisador ao “Daily Mail”.
A quase exclusividade do clitóris na hora de gerar prazer também explica a grande dificuldade que algumas mulheres têm em gozar. Nesses casos, é possível que o clitóris seja menor e mais afastado da vagina, o que dificultaria o estímulo durante a penetração. Segundo os pesquisadores, apesar do orgasmo depender de variantes complexas, o tamanho e a localização do clitóris são determinantes na equação.
Para chegar a tal conclusão, o estudo conduziu ressonâncias magnéticas da cavidade pélvica de 30 mulheres de 32 anos. Dez delas diziam ter dificuldade em atingir um orgasmo, enquanto as restantes não relatavam queixas em relação ao sexo. Os cientistas esperam, com as novas descobertas, serem capazes de ajudar mulheres que sofrem de anorgasmia, disfunção sexual que impede o prazer sexual seja por fatores orgânicos ou psicossociais.

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