segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Aécio diz que terá PSB, PP e PMDB

Governo

Ladeado por membros das três siglas, tucano disse que sua equipe contará com “lado bom” do PMDB

Luiz Chaves/ Sartori 15
Aliados. Ao lado de Ana Amélia (PP), Pedro Simon (PMDB) e Ivo Sartori (PSDB), Aécio anunciou seu eventual “núcleo” de governo
PUBLICADO EM 19/10/14 - 04h00- O Tempo
Porto Alegre. O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, disse ontem em Porto Alegre (RS) que seu eventual governo contará com um “núcleo” formado pelo PSDB, PSB, PP e o “lado do bom” do PMDB. A declaração foi feita em uma entrevista coletiva em que o tucano estava ladeado por José Ivo Sartori, candidato do PMDB ao governo gaúcho, do deputado federal Beto Albuquerque (PSB), que foi candidato a vice de Marina Silva, e da jornalista Ana Amélia (PP), derrotada no primeiro turno da eleição ao governo do Estado.
“A base do núcleo de um futuro governo está representada aqui nesta foto: PSDB, PSB, PP do Rio Grande e esse lado tão bom do PMDB, representado pelo candidato Sartori’’, disse. Essa foi a primeira sinalização concreta do tucano sobre sua eventual base de governo.
Questionado sobre os apoios polêmicos que recebeu no segundo turno, como os do deputado Marcos Feliciano, Pastor Everaldo e Levy Fidelix, que teve uma intervenção homofóbica no debate da Record, ainda na primeira etapa da campanha, Aécio afirmou que “outras forças o apoiam por exclusão’’. “Fiquei sabendo do apoio do Levy Fidelix pelos jornais’’, afirmou.
No Rio Grande do Sul, onde o PT do governador Tarso Genro enfrenta Sartori neste segundo turno, o tucano conta com o apoio de uma coligação formada por 17 partidos. No primeiro, a presidente Dilma Rousseff venceu no Estado por pequena margem: 43% contra 41% de Aécio.
A última pesquisa Datafolha sobre o cenário no Rio Grande do Sul mostrou que a petista lidera pela mesma diferença: 51% a 49%.
Factoide. O tucano classificou como “factoide’’ a ação do Ministério Público de Minas de que teria havido “manobra contábil” nas contas do governo mineiro para alcançar o mínimo constitucional da saúde em 2009, em sua gestão. “Essa é a mesma ação com a mesma promotora. Já foi arquivada’’.
Ainda segundo o candidato, antes da aprovação da emenda 29, “os Estados definiam o que efetivamente podia ser contabilizado como gasto de saúde”. “O Tribunal de Contas do Estado aprovou todas as minhas contas. Antes da emenda 29, não havia uma determinação explícita, clara, sobre o que poderia ser contabilizado como saúde’’.
Aécio afirmou que, segundo alguns técnicos, o gasto com saneamento pode ser contabilizado como saúde porque se economiza na outra ponta. “Esses factoides criados de última hora não mudarão o essencial. Eu sou o candidato para mudar o Brasil’’. O presidenciável voltou a dizer que o governo está desesperado e a presidente Dilma Rousseff “à beira de um ataque de nervos’’. O adversário do PT criticou ainda o “aparelhamento’’ de órgãos como IPEA, IBGE, Embrapa e Correios. “Essa é uma marca perversa desse governo’’.
Neste sábado, o presidenciável recebeu apoio de médicos, aeronautas, portuários e funcionários da (Advocacia Geral da União (AGU) e participou de um ato político em uma escola de samba.
Pedro Simon
Mais que Tancredo. Em discurso, o senador Pedro Simon (PMDB), que não se reelegeu, disse que Aécio “é a última esperança do Brasil’’, e representa “mais do que Tancredo representou’’.

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