Estudo publicado nesta quinta-feira tem implicações em pesquisas sobre a existência de vida em outros planetas
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CABO CANAVERAL (FLÓRIDA) - Parte da água achada em oceanos, meteoritos e congelada em crateras lunares é mais antiga que o nascimento do Sistema Solar. A conclusão, de estudo publicado nesta quinta-feira, na revista “Science”, tem implicações nas pesquisas sobre a existência de vida em outros planetas.
- É notável que este gelo tenha sobrevivido a todo o processo do nascimento estelar - afirmou a pesquisadora Lauren Cleeves a agência Reuters.
Estudante de doutorado na Universidade de Michigan, Lauren teve um clarão sobre o tema ao estudar radioatividades, raios cósmicos galácticos e outros fenômenos de alta energia. Ela percebeu que as condições no início do sistema solar não estavam bem para a síntese de novas moléculas de água.
- Sem qualquer nova criação da água, o único lugar de onde esses gelos poderiam ter vindo foi o gás interestelar quimicamente rico do qual o sistema solar se formou - disse ela.
Para provar a tese, a pesquisadora criou, com colegas, modelos no computador que comparam índices de hidrogênio com seu isótopo mais pesado, o deutério, que vem enriquecendo a água do sistema solar ao longo do tempo. Os cientistas concluíram que, para alcançar as proporções encontradas em amostras de meteoritos, assim como na água do oceano da Terra e em cometas, pelo menos uma parte da água teria de ser formada antes do nascimento do sol.
O processo provavelmente seria o mesmo para outros sistemas solares, o que indica que condições de vida podem existir fora da Terra.
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